Em memória de Magazino

Faleceu, esta quinta-feira, vítima de doença prolongada, o disc-jockey Luís Costa, conhecido no mundo da música como Magazino.

O artista lutava contra a leucemia desde 2019 e inspirou centenas de pessoas pela forma como lidou com a doença e contra ela lutou. Ficou célebre, em Outubro deste ano, numa das últimas entrevistas que deu, uma frase sua:

(…) se não fosse o SNS… Tenho comprimidos que custam ao Estado 600 euros por dia. Se já os estou a tomar há mais de um ano e meio, faz as contas. Já gastei ao Estado milhares de euros só em medicação. Fora os internamentos e as transfusões de sangue, que, disseram-me outro dia, já levei mais de 170. Num hospital privado custam 375 euros cada saco. Agora multiplica. Sou muito grato. Grato ao Estado e a todos os profissionais. Se não fosse o Estado já tinha ido embora. Era impossível. Tinha um seguro de saúde que cobre tratamentos oncológicos até 60 mil euros. Isso não chega a um mês num hospital privado. Critica-se muito, mas se não fosse o SNS eu já tinha morrido.

Magazino, em entrevista ao Sapo24

Fotogafia: Nuno Ferreira Santos

O Luís lutou até onde pôde. O Estado auxiliou com o que pôde. Mas toda a estória tem um fim, seja ele qual for – umas vezes triunfante, outras vezes prostrados sobre nós. Depois de dois anos de luta árdua e de nunca ter baixado os braços, Magazino parte, mas não sem antes nos deixar uma mensagem:
Façamo-lo, recordando que a vida é hoje tudo aquilo que amanhã não será mais.