Café Central – Reunião de Gerentes

Anunciei a 29 de Abril passado no ‘Aventar’ a reabertura do Café Central, e as consequências previsíveis.

Na edição ‘on-line’, o Público dá conta do entendimento entre dois “gerentes do café” no sentido do agravamento de impostos em relação a quem é remunerado (IRS) e a quem consome (IVA). Neste último caso, independentemente dos baixíssimos rendimentos auferidos, sobretudo por muitos dos idosos reformados; passam a pagar 6% de taxa de IVA na compra de bens essenciais ou de medicamentos – sempre é 20% de aumento de IVA no respectivo escalão. É só fazer contas.

Do lado dos privilegiados, e porque o descaramento já começara a tornar-se insustentável, os gerentes parecem ter concordado em reduzir as remunerações dos políticos, aplicar uma taxa adicional de 2,5% sobre lucros de grandes empresas e da banca, e finalmente fazer vigorar a tão propalada tributação de 20% sobre as mais-valias mobiliárias.

Tudo isto é o anunciado pela imprensa de hoje, salvaguardando-se, porém, a necessidade de ratificação no final da reunião do Conselho de Ministros.

Trata-se, como é óbvio, de medidas financeiras, para reduzir o deficit para 7% em 2010. E as novas baixas exigidas em 2011 e 2012, até se atingir 3% em 2013? Serão feitas sempre através do mesmo tipo de engenharias financeiras do OGE, ignorando a estratégia do crescimento económico? É natural que sim. Há para aí 34 anos que o “Central” serve este café bem amargo.