Entrei na exposição “A Farmácia no Tempo de Aníbal Cunha” com aquela atitude birrenta de adolescente que alinha num programa a contragosto, sabendo que vai entediar-se, e apenas diz que sim para fazer a vontade a outros. Mãos nos bolsos, cara de parva, olhar sobranceiro, resignada à ideia de que ia perder tempo. Parece que há um resquício de estupidez juvenil que teima em desaparecer e se arrasta triunfalmente pelas décadas seguintes.
Antes de mais, a exposição é de entrada livre, e vai manter-se no átrio de Química do edifício da Reitoria da Universidade do Porto até 13 de Dezembro.
Aníbal Cunha foi um ilustre farmacêutico, e um empenhado republicano. Participou na revolta de 31 de Janeiro e foi um dos responsáveis pela criação da Faculdade de Farmácia do Porto, de que viria a ser director.
A exposição reúne equipamento de trabalho, como alambiques ou balanças de precisão, frascos e boiões de farmácia, cartazes publicitários dos medicamentos da época, e objectos capazes de despertar a vossa curiosidade como uma máquina para fazer supositórios. [Read more…]
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