Bitola Mínima

Tivemos um ministro durante as duas legislaturas de Sócrates (com a excepção dos 3-4 meses de Campos e Cunha) que conseguiu a proeza de não ser responsável de nada de mau que se fez. E não foi pouco. Mesmo no caso da peregrina nacionalização do BPN acha que procedeu lindamente. Mesmo quando dizia que não ia custar nada aos cidadãos. Talvez Campos e Cunha tivesse a honorabilidade que falta a Teixeira dos Santos e por isso tivesse saído tão rapidamente.

Teixeira dos Santos prestou-se a tudo. Até a ser tratado como alguém portador de doença contagiosa no fim do Governo de Sócrates. Usado e descartado. Como um vulgar capacho. Se pensarmos bem foi exactamente o papel de capacho que ele exerceu durante 6 anos. E sabemos agora que nem é responsável pela maior parte das decisões que eram tomadas no ministério. Isso era deixado a secretários de estado, administradores de empresas públicas e directores gerais. 

Teixeira de cada vez que fala mais se enterra. Mais se percebe como ele era irrelevante na máquina socratina. Era apenas alguém convidado a representar um papel subalterno. Não é por acaso que no fim do “reinado” de Sócrates o país tinha as finanças no estado calamitoso que sabemos. Obrigado, Teixeira dos Santos. Como ministro passou a ser a bitola mínima de competência e integridade. Depois de si é quase impossível encontrar um ministro das finanças que consiga ser pior.

Groink