Déficite democrático

Há cada vez mais sintomas, bem visiveis, de uma asfixia democrática que faz o seu caminho, sem que a sociedade civil, mais uma vez, preste a devida atenção.

 

O artigo da Sábado, onde revela que Sócrates tentou, com um telefonema de alguem que lhe é próximo, impedir a saída do artigo sobre o Freeport, é assustador. Está lá assumido pelo director do SOL, com todas as letras e com nome.

 

A verdade, por mais que os seus apaniguados digam o contrário,é que o primeiro ministro tem no seu ADN, o gene do "xico-esperto" como lhe chamou Marcelo Rebelo de Sousa. Tudo se consegue com dinheiro, tudo se compra, o poder, mesmo o obtido por meios democráticos, justifica os meios. Exercer um poder democrático exige contenção, respeito por quem não pensa do mesmo modo e  a integridade para obedecer às leis  e à Constituição.

 

Junta-se a isto, o facto, hoje indesmentível, que o país caíu numa situação alarmante de onde não sairá com estas políticas, cujos resultados o PS não quer ver. O PS está desde 1996 no poder, (com um hiato de 2,5 anos, tambem desgraçado), pelo que não pode alijar as responsabilidades inerentes a esse exercício.

 

O país entrou num período longo de empobrecimento, pela mão dos socialistas e do seu olhar centralizador, não substituiu o tecido empresarial com novas tecnologias, inovação e produção de bens e serviços transaccionáveis.

 

Os números das contas públicas, na hora da verdade, revelam-se tal qual as instituições da UE vêm apontando há muito tempo, contra os números falsos do governo. Está aí o Orçamento rectificativo a que Teixeira dos Santos chama "distribuitivo" e que pede mais 4.9 mil milhões de euros, o déficit está nuns impensáveis 8%. A dívida pública é um peso que o país não suportaria se não estivesse integrado na UE! Somos, novamente, o "pobrezinho" que vive das esmolas dos amigos!

 

E não sei se já repararam, mas a operação " aumento de impostos" já começou, ainda com tímidas manifestações mas já públicas, bem à maneira socrática de ir lançando a ideia para o curral se acostumar.

 

Bem dizia Vitorino. Habituem-se! Ou Jorge Coelho, quem se mete com o PS, leva!

 

Está visto que sim!