As empresas da “economia da partilha” como a Uber transferem o risco do negócio das empresas para os trabalhadores, destroem os direitos do trabalho e afundam os salários.
Num artigo traduzido por Ricardo Moreira têm voz diversos condutores da Uber. Relatam as condições de trabalho num ambiente onde a empresa decide unilateralmente o custo das viagens, para impedir a concorrência, reduzindo drasticamente a margem de lucro do condutor. A este sobra-lhe fazer mais horas e mais quilómetros para pagar o investimento no carro, numa opção sem escolha que leva, também, ao desgaste mais rápido desse carro e da saúde do condutor.
Nem tudo são rosas neste modelo de negócio onde os trabalhadores são designados por “motoristas-parceiros”. A empresa pode a qualquer momento despedir o trabalhador (desactivá-lo, na gíria da Uber), o que acontece se este tiver uma avaliação inferior a 4.7 em 5. Por isso, os trabalhadores sorrirem e dizem bem da empresa aos clientes, em vez de serem honestos quando lhes perguntam como é trabalhar para a Uber.
[Read more…]
Comentários Recentes