Sarkozy pede perdão e ameaça imigrantes

O jornais portugueses de referência, salvo o ‘Expresso’ em notícias espaçadas, omitem informação de aspectos centrais da vida política europeia. Exceptuam-se temas do chamado interesse mediático para destacar, no bem ou no mal, a acção de políticos portugueses no estrangeiro. Uma forma, quanto a mim, bisonha, superficial e provinciana de fazer jornalismo, nesta era da comunicação, marcada, diga-se, pela perda de independência e falta de qualidade de profissionais.

A França é um país nuclear para Portugal, por, entre outras, duas razões substantivas:

  • Como país fundador da CECA, a seguir CEE e finalmente UE, e pátria de Jean Monnet, os seus políticos, de esquerda ou direita, têm desde sempre um papel de muita influência na vida europeia; na crise como na euforia, na guerra como na paz.
  • Trata-se de um país que, segundo o Observatório da Emigração, acolhia em 2010 uma comunidade de 1.132.048 portugueses, número, de resto, atingido de forma sempre crescente – em 2008 eram 1.031.082.

Mas, para além destes aspectos estruturais, existem outros, de natureza conjuntural, cuja relevância para Portugal e portugueses é inegável. É o caso do momento pré-eleitoral que a França está a viver. Com a particularidade de, segundo diversas sondagens, Sarkozy estar seriamente ameaçado pelo socialista François Holland e acossado à direita pela extremista Marine Le Pen.

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