Deixem-se de merdas, sff!

Por motivos pessoais estive ausente do Aventar durante longos dias.

Pela primeira vez, desde 2002, estive sem acesso à internet mais de seis dias seguidos e sem telemóvel quase outros tantos. Durante esse período, sem saber, o Aventar viveu uma pequena crise interna e uma segunda crise informática. Hoje, regressado às lides e após leitura de mais de meio milhar de mails, apercebi-me que o Aventar viveu dias agitados – como disse Pedro Correia, foi o nosso PREC: Processo Revolucionário Em Casa.

Para contrariar a minha tendência de escrever postas ligeiras – sim, caro CL, eu sei que nem sempre se agrada aos melhores com ligeireza mas atinge-se muitos quando se procura simplificar o difícil – e reconhecendo o meu gosto pela transgressão através de postas propositadamente incendiárias sobre a bola e a Regionalização, o que irrita alguns amigos meus e camaradas de blog, é chegada a hora de, por uma vez sem exemplo, vos falar sobre o Aventar puxando algumas orelhas pois a minha já está em ferida e não vale a pena continuar em esforço pois “sou filho de uma senhora doente”, como se diz aqui pelas bandas da Areosa.

Foi Gilles Lipovetsky que teorizou sobre a sociedade de consumo e na sua fantástica obra “A Felicidade Paradoxal” lançou o mote sobre a actual sociedade do hiperconsumo, abrindo portas a uma discussão séria sobre a vida actual e é seguindo as suas palavras que vos procurarei explicar que nesta sociedade da abundância onde “surgem incessantemente novas vontades de consumir” não se conseguindo colocar termo a este “alargamento indefinido da esfera das satisfações desejadas” entendendo muitos que nunca, daí o tal paradoxo de que fala Lipovetsky, o indivíduo atingiu tal grau de abandono que surgem fenómenos como os blogues.

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