Mais um Nobel para um fascista, ou quase

Têm alguns dos meus escritores favoritos a mania de serem reaccionários, alguns ultrapassando todos os limites. Mario Vargas Llosa só se chega perto, mas o suficiente para me deixar a tranquilidade de não confundir a vida dos escritores com a sua obra, regra aplicável de resto a todas as artes.

Apaixonei-me à primeira vista com uma cidade e seus cachorros, e não tenho sido traído ao longo de uma Guerra do Fim do Mundo, nunca esquecendo Pantaleão ou o Elogio de uma Madrasta de fazer inveja a qualquer adolescente.

Às vezes a academia sueca acerta com o meu mau gosto, poucas vezes, este ano lá calhou ser uma delas. Parabéns Mario Vargas Llosa, e parabéns América Latina e falantes do castelhano (uma bela língua embora por estes lados nunca se dê por isso).