Desta, Rui Tavares, liberto-me desde já

livreO Rui Tavares foi eleito para o parlamento europeu com o meu voto. Pouco depois decidiu libertar-se da canga partidária, e mudou de grupo parlamentar. Com os meios ao dispor de deputado europeu tem-se entretido, por exemplo, a pescar à linha potenciais apoiantes de um novo partido que agora vai fundar.

Não vou gastar uma linha sobre o novo partido irmão de um partido que na Grécia está no governo. Por princípio assino a legalização de qualquer partido novo e constitucional, a democracia portuguesa baseia-se em partidos, para o melhor e para o pior, cada vez mais para o pior, é certo, e todos tem o direito ao seu, vai-se a votos, uns elegem outros não.

E assim seria não fosse a escolha da papoila para logotipo. É que a papoila é um símbolo da memória, desde a I Guerra Mundial. Neste caso serviu-me de fósforo: hélas, Rui Tavares, já que não me devolveste o meu voto, ficamos quites: com a minha assinatura não contes. Nem te fará falta, qual papoila saltitante, terás muita gente de direita para assinar.