A Espuma dos Dias

Ontem foi um dia intenso. Em menos de 10 horas fiz pouco mais de 600km o que não me permitiu dar a devida atenção ao Aventar. Mas fiquem os aventadores a saber que, mesmo assim, estive a trabalhar igualmente para este espaço através do “recrutamento” de mais-valias.

Entretanto, pelo caminho, fiquei a saber que ganhei mais uma medalha. Sim, quando nos atacam anonimamente é mais uma medalha que se ganha e a demonstração da importância que, pelos vistos, temos e nem sabemos. Antes assim. Como disse no Facebook, “não expliques, os amigos não precisam e os inimigos não acreditam“. Eu gosto muito e prezo ainda mais os meus amigos mas tenho um certo gozo pelos inimigos que vou coleccionando. É sinal que não sou indiferente. E como isso nos sabe bem. Freud e os seus companheiros explicam.

Ora, ontem foi dia de jantar em Lisboa com amigos, com companheiros “de luta”, e o reconhecimento de um trabalho bem feito. No fundo, nunca se pensa nestas coisas quando se está empenhado a trabalhar, mas neste estranho país é tão raro reconhecerem o nosso trabalho (e aqui nosso significa colectivo, pois fomos um grande colectivo) que quando o fazem ficamos sem palavras.

E hoje segue-se mais um encontro e jantar de amigos naquele que será um regresso a uma casa onde passei dias felizes e que, por força de inúmeras circunstâncias, deixei abandonada por meia dúzia de anos. Lentamente, regresso. Calmamente. Definitivamente.

É a espuma dos dias.