Olga Roriz… boring!

Na última sexta-feira fui ao Teatro Nacional S. João ver o espectáculo de Olga Roriz chamado Electra baseado / inspirado no clássico com o mesmo nome.

É verdade que a história é trágica, que existe uma coreografia, que não é um espectáculo literal, que a dança contemporânea não é das artes mais simples de apreender, e que se contam pelos dedos de uma mão os espectáculos de género que eu já vi.

Isso contextualiza a minha opinião… mas não a muda.
De qualquer forma anima-me o facto de outras pessoas com quem falei terem a minha opinião… embora isso provavelmente só queira dizer que são tão básicos como eu.

Resumindo… pelo menos no próximo ano, da próxima vez que tiver um conflito de agenda entre um espectáculo da Olga Roriz ou uma reunião da Campo Aberto já sei o que vou escolher…

Teatro Conspirativo

É paranoia minha certamente mas algumas expressões geográficas como “ir para o norte” ou “auto-estrada do sul” irritam-me.

Já tentei racionalizar o porquê desta irritação mas não consigo encontrar uma explicação que me satisfaça suficientemente… talvez seja o facto um termo tão genérico normalmente estar associado a alguma ignorância quanto aos sítios a que se refere ou então é simplesmente o facto de os pontos cardiais serem naturalmente relativos… excepto nos pólos, qualquer ponto que seleccionemos estamos sempre a norte ou a sul de qualquer outro ponto.

Vem isto a propósito do texto introdutório ao programa do TNSJ para este inicio de 2007.
Diz Nuno Carinhas que neste inicio de ano “prosseguimos com visitações de Companhias do Sul: Teatro da Rainha, Teatro Municipal de Almada, Teatro dos Aloés e Teatro Aberto“…

É um fait-divers claro mas se fosse dado a leituras conspirativas diria que esta frase teria um segundo sentido.