Surma – O Silêncio como Inspiração

Francisco Sousa Barros

Cruzei-me com a Surma pela primeira vez no Walk&Dance 2017. Pelos ouvidos já me tinham passado alguns temas e fui até Freamunde com o propósito de confirmar em palco os atributos.

No fundo de uma serena e distinta viela estava montado o palco. O público foi-se sentando no chão, entre paralelos e carpetes. O ambiente, quente, de fim de tarde primaveril, com o sol a diluir-se entre as paredes das casas, começava a parecer perfeito aos primeiros sons vindos do palco. Ao fim de pouco tempo já estava completamente conquistado e passei o resto do concerto apenas a apreciar as abstratas pinceladas sonoras que aquela mulher, sozinha com a sua voz singular, no meio de guitarra, baixo, teclados, pedais, samples, ou seja lá mais o que for, ia traçando. [Read more…]