Polónia Fora do Armário

 

A Polónia enfrenta vários ataques à democracia, principalmente pela forma que são tratadas as pessoas lgbt. Ao contrário de Portugal, é urgente travar esta situação. Em 2020, na Europa que sempre foi pioneira na defesa pela democracia, não podemos permitir que haja zonas livres de lgbt. Assobiar para o lado não é solução e há pessoas a verem os seus direitos renegados devido à sua identidade. Convido todos, independentemente da ideologia política, a assinar esta petição do LIVRE.
Não podemos permitir que a Liberdade e a Democracia estejam ao sabor de ideologias.

Comments

  1. Albino manuel says:

    O Marques e o Pois assinam. Na primeira fila.

    • POIS! says:

      Pois olhe que acabei…

      De assinar uma petição contra as “zonas livres de albimbos”. V. Exa. deveria estar feliz. Pelos vistos não está.

      E desta vez acertou! Também vou assinar a petição do Livre. Só grunhos do calibre de V. Exa. podem aprovar o tratamento dado aos lgbt pela extrema-direita polaca no poder. Aos lgbt e não só. Qualquer estrangeiro é frequentemente vílipendiado pelos irmãos políticos do Sr. Albimbo.

      • Albino Manuel says:

        assinou, de pé

        • POIS! says:

          Pois foi! E daí?

          Lá por V. Exa. trabalhar de cócoras não quer dizer que a gente tenha de o imitar! Francamente! Basta ver o estado em que está a espinha dorsal de V. Exa. Marreca? Parece mais uma avestruz!

  2. Rui Naldinho says:

    Uma das constatações mais cruéis das “novas democracias do Leste”, pós queda do muro de Berlim, foi o seu rápido cansaço com as regras ditas Ocidentais, habituados a conviver com um certo liberalismo nos costumes. Herdeiras da cultura comunista, estas sociedades geradas nos anos pós II Guerra Mundial, tendem a regressar ao seu passado tenebroso, bolchevique, persecutório, segregacionista, após uma breve passagem pela democracia dita liberal, nos quais pontificam Viktor Orban e Andrzej Sebastian Duda, entre outros puritanistas e nacionalistas conservadores. É verdade que se apresentam como gente católica apostólica romana. É verdade que são de direita. Mas ainda assim, a sua escola foi sempre a dos velhos partidos comunistas. Os extremos tocam-se, já diz o velho adágio popular.
    Quem ousou pensar que a democracia se instalava por decreto, tal como aconteceu em Espanha, por exemplo, esquece-se de que no ADN desta gente, falo das elites, claro, estão cinquenta anos de vivência em ditadura.

    • Paulo Marques says:

      Não é tanto ser soviete como ter ficado a elite que gosta do respeitinho e da ordem, completamente compatível com as regras europeias preocupadas antes com o que conseguem extrair. Semelhante, mas diferente, ao Zé Manel e a Zita, tudo o que os mantenha por cima é o que conta.
      Os comunas e os nem tanto, pelo contrário, aproveitam 2020 para se rirem do caos mais que expectável das contradições inerentes ao fim da história, que afinal nem acabou, nem evita espartilhar-se em explicações absurdas e contraditórias para o colapso.

  3. E a Polónia é um país que se orgulha de ser tão “católico”, logo “tolerante” e cheio de “caridade”…. Temo que em Portugal que se diz também tão “católico”, até um baluarte da fé devido ao fato de Fátima ser em Portugal, vá acontecer o mesmo, afinal já há gente supostamente católica que apresenta uma moção num congresso de um partido que propõe extrair os ovários às mulheres que façam um aborto, e há delegados que votam a favor!

  4. Filipe Bastos says:

    O Naldinho fala do “passado tenebroso, bolchevique, persecutório, segregacionista” do leste europeu. Que deve certamente contrastar com o seu passado tolerante e risonho antes do comunismo.

    A questão de fundo: a tolerância, como a democracia, tem de nos ser imposta? Sem sermos obrigados – através de leis, propaganda constante, etc. – tendemos sempre para o autoritarismo, o medo da diferença, a desconfiança do outro, os velhos traumas animais?

    E se a maioria não quiser democracia? E se quiser discriminar minorias? Será… democrático contrariá-la? A partir de que ponto se pode ignorar a vontade da maioria?

    Em que ponto se pode dizer: sim, vocês querem assim, mas não têm razão. Nós é que temos. E será assim, queiram ou não.

    • POIS! says:

      Pois é!

      A maioria, pelos vistos, quer os “chulecos” no poder. E vamos contrariá-la? Ora essa!

      O Sr. Bastos não teve o azar de viver numa certa época e numa certa Alemanha. Acabava a entrar a cantar o hino na câmara de gás. A partir de que ponto se poderia ignorar a vontade da (então) maioria?

      • Filipe Bastos says:

        A questão serve para todos, POIS, para mim também.

        Em vez desta partidocracia chula e corrupta, defendo uma democracia semidirecta: os cidadãos devem participar nas decisões relevantes; e os políticos devem ser meros executores dessa vontade.

        Mas e se a maioria não quer? Não posso obrigar os outros a concordar; nem se pode por um lado louvar a democracia e por outro ignorá-la. (Embora esteja na moda: quando os resultados não agradam é ‘populismo’; só quando votam nos nossos é ‘democracia’.)

        O Paulo fala em valores mínimos. Creio que deve haver uma Constituição que proteja esses valores, incluindo minorias. Mas a questão persiste: se a vontade da maioria não prevalece, continua a ser democracia?

  5. Paulo Marques says:

    Essa é a grande questão… a única garantia da democracia é a de estabilidade de alguns valores mínimos para poder mudar com alguma tranquilidade e pouca violência. Não é perfeito, mas já não é mau… (mas é preciso assumir que não são todas iguais e é podre uma que se resuma a uma cruzinha de vez em quando como participação cívica).

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