Israel: produto e devir do holocausto

FOTO DE MOHAMMED SALEM / REUTERS

 

Não foi preciso muito para que saíssem do armário um exército de genocidas disfarçados de defensores dos direitos coloniais israelitas. De forma absolutamente descarada, os apelos ao massacre do povo palestiniano, sobretudo os que vivem na Faixa de Gaza, sucedem-se, seja a partir da carta branca dada pela generalidade dos governos – sim, é isso que querem dizer quando aplaudem o direito de Israel se defender – seja a partir do silenciamento dos factos no terreno desde 1948.

A Palestina não ganhou nada sempre que os seus líderes se ajoelharam a Israel, que fez questão de enterrar cada acordo de paz com novos colonatos na Cisjordânia, um cerco criminoso que dura desde 2007 e sucessivos castigos na Faixa de Gaza, que castigaram, sobretudo, a população civil. Centenas de presos políticos e sucessivos assassinatos, que nunca pouparam nenhum palestiniano independentemente da sua idade ou circunstância.

Israel prepara-se para consumar com os palestinianos a “solução final” que os nazis tentaram contra judeus, comunistas, homossexuais e ciganos, e usa como pretexto um ataque do Hamas que foi, na verdade, um decalque moral do legado colonial israelita. Cada “crime de guerra” que o Hamas cometeu é inspirado na cultura de guerra que Israel disseminou ao longo dos últimos 75 anos de ocupação. Por isso fecham Gaza como Hitler fechou Varsóvia: sem água, luz, comida nem um pavio de esperança ou de dignidade.

Como escreveu Ilan Pappe, sempre houve uma alternativa: “Uma Palestina descolonizada, libertada e democrática desde o rio ao mar; uma Palestina que acolha os refugiados e construa uma sociedade que não discrimine com base na cultura, na religião ou na etnia. Este novo Estado trabalharia para retificar, tanto quanto possível, os males do passado, em termos de desigualdade económica, de roubo de propriedade e de negação de direitos. Isto poderia anunciar uma nova aurora para todo o Médio Oriente. Nem sempre é fácil mantermo-nos fiéis à nossa bússola moral, mas se ela apontar para o norte – para a descolonização e a libertação – então é muito provável que nos guie através do nevoeiro da propaganda venenosa, das políticas hipócritas e da desumanidade, muitas vezes perpetrada em nome dos “nossos valores ocidentais comuns”.”

Comments

  1. JgMenos says:

    Mais cretino membro da cambada sem um pingo de vergonha nas trombas.
    Admiração nenhuma, que o padrão define-se como cultural e progressista!

    • POIS! says:

      Pois…já o padrão de Vosselência…

      …pode definir-se como inculto e reacionário!

      O que leva a considerar Vosselência como…

      “Mais um cretino membro da cambada sem um pingo de vergonha nas trombas!”.

    • Não precisas de clamar tão alto que não sabes o que é empatia, já se sabe.

  2. JgMenos says:

    O tal Ilan Pappe retirou o texto do programa político do Hamas?

  3. jose valeriano says:

    Fica aqui uma pequena pergunta:
    Quem nasceu primeiro o OVO ou a GALINHA?

  4. Arlindo da Costa says:

    Israel é um país controlado por fundamentalistas racistas e ortodoxos.
    Vergonha para a UE quando esta manda duas madames avalizar esses CRimes Contra a Humanidade.
    Acho k a UE deve sentar-se no TPI com címplice e colaboracionista.

  5. JgMenos says:

    Que Alá vos venha a servir uma virgem esquentada, pelos serviços prestados ao fundamentalismo, são os meus votos.

    • POIS! says:

      Pois tá bem!

      Que o Quarto Pastorinho venha servir a Vosselência um fuzileiro cubano que dance bem chá-chá-chá, pelos serviços prestados ao cheganismo, são os nossos votos.

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