5 perguntas

1 Porque é que as organizações internacionais (nomeadamente as da ONU) e a comunicação social dão como credíveis os dados sobre vítimas fornecidos pelo Hamas, sabendo-se que no único caso que foi realmente esmiuçado (o rocket que caiu no parque do Hospital Al-Ahli) o número fornecido foi manifestamente multiplicado por 3 ou por 4?

Já agora, e no mesmo sentido, porquê o quase total silêncio sobre as mais que prováveis dezenas de ocorrências de “fogo amigo” e de execuções sumárias por tentativas de “deserção” da função de “escudo humano” que foi imposta aos Palestinianos de Gaza? 

2 Porque é que se fala do “apartheid” promovido por Israel (em zonas específicas e apenas por questões de segurança), mas ninguém, repito, ninguém fala da abjecta discriminação que os Palestinianos sofrem em Países como o Líbano, Siria, Jordânia (onde aquela “Barbie” teve a “real” lata de mandar umas “postas de pescada” passando asquerosamente por cima do que eles próprios fazem) ou Egipto entre outros? Porque é que ninguém refere que os Palestinianos são ali, claramente, “cidadãos de 2ª” proibidos de trabalhar na maior parte dos empregos disponíveis, sem protecção médica e ostracizados, discriminados e odiados pelo resto da população?

Já agora no mesmo sentido, porque é que ninguém investiga as verdadeiras razões pelas quais nenhum, repito, nenhum daqueles Países se ofereceu para receber um refugiado Palestiniano que fosse?

3 Porque é que se fala da ocupação de territórios Palestinianos árabes por parte de Israel, mas omite-se as dezenas de anos que parte desses territórios estiveram ocupados por outros Países árabes vizinhos como se omite que se Israel não estivesse ali presente, os mesmos Países, inegavelmente, voltariam a ocupá-los?

4 Porque é que se omite que (mesmo sabendo que a maior parte foi em acções de guerra com Israel) uma parte substancial das mortes violentas de Palestinianos árabes (bem acima das 1000 vítimas) se deve a lutas fratricidas, algumas muito perto de verdadeiras “guerras civis”?

5 O que impede os Palestinianos árabes de declararem a independência? Ou se preferirem, o que impede os Palestinianos de efectivarem a declaração de independência feita por Arafat em 1988?

Comments

  1. balio says:

    o quase total silêncio sobre as mais que prováveis dezenas de ocorrências

    Só se pode fazer silêncio sobre ocorrências que, embora no entender do Carlos sejam “mais que prováveis”, e até, no entender dele, sejam (mais que provavelmente) “dezenas”, não se constatou diretamente terem-se verificado.

  2. balio says:

    porque é que ninguém investiga as verdadeiras razões pelas quais nenhum, repito, nenhum daqueles Países se ofereceu para receber um refugiado Palestiniano que fosse?

    A Europa ofereceu-se para receber refugiados palestinianos? Portugal ofereceu-se?

    O Carlos, em vez de questionar porque é que o Egito não se oferece, deveria questionar porque é que o seu país, o país do Carlos, não se oferece.

  3. POIS! says:

    Pois claro!

    É urgente saber o verdadeiro número de mortos!

    Há gente que se aproveita destas coisas para passar despercebido e deixar de pagar impostos!

    Ainda um buraco de bomba está quentinho, e logo se vê uma data de mânfios a atirar para lá bilhetes de identidade e fémures comprados no mercado negro!


  4. 1) Porque sempre foram credíveis até hoje, incluindo para as administrações americanas, e não há nada a ganhar em quebrar uma das poucas relações de confiança com o ocidente. Sobre o silêncio do hipotético nada sei, sei das 100+ causalidades israelitas pela política de terra queimada dia 7, originários de boa parte dos bebés queimados.

    2) Porque não são a mais maior democracia escolhida por Deus e mais além, que, de resto, bombardeia quem sai. Porque é que ditadores pagos pelo império tentam controlar a população que se revolta é um exercício para o leitor.
    A deslocação em massa continuava a ser um genocídio.

    3) Porque é a mais maior grande democracia abençoada por Deus que afirma defender os direitos humanos e é paga e armada principescamente por isso. E não cometeram genocídio.

    4) Porque é propaganda para crianças mentais. Porque é que, além dos 100+ mortos pelo IDF, se omite que quase metade eram soldados? O que é que faz das crianças alvos mais legítimos do que a quase totalidade da população na reserva do exército? Nenhum deles é, mas se o Carlos faz de conta, também faço.

    5) O que sempre impediu na história, o reconhecimento pelas maiores potências e vizinhos, mas também, aí sim, os assassinatos selectivos para que nunca se pudessem unir.

    É evidente que nunca vai ler a resposta à retórica, mas é importante que fique.

  5. Whale project says:

    So falta dizer que os palestinianos se disfarçam de soldados e colonos israelitas para matar e roubar casas na Cisjordânia. Já agora a guerra civil de que falam certos energumenos a existir seria primeira página em todo o lado em especial agora que tantos querem justificar os crimes de Israel.
    Os números de mortos a pecar é por defeito tal é o grau de destruição infligidos a Gaza. Estamos na era da pós verdade mas isto é ridículo, grotesco e estúpido.
    Defendam o direito de Israel a matar mas não nos tentem convencer que Israel não matou.
    Diz o idiota noutro post que os números de mortos num hospital destruído, onde estavam milhares de pessoas, foram multiplicados. O energumeno foi lá conta Los.
    Estou pelos cabelos de gente ingrata que defende gente racista, cruel e homicida em vez de agradecer ter nascido bem longe dessa gente. Eu agradeço. Todos os dias, desde que comecei a ter idade para perceber o que ouvia nas notícias.
    Já agora, um atrasado mental que se gaba de não ler comentários, de certeza que os lê.

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