Já tivemos a “outra Senhora”, agora temos “esta Senhora”

Imagem: António Cotrim/Lusa

A primeira reacção à presença ou até à existência desta Senhora, é, óbvia e compreensivelmente, de repulsa indignada. Não há ninguém, estou certo, que não tenha ficado com a sólida convicção que a Senhora ontem mentiu com “todos os dentes que tinha na boca”. Desde o registo verbal, passando pela ambiguidade que deliberadamente colocava nas respostas e até à total ausência de lógica na narrativa que tentou impingir, tudo, mas mesmo tudo, evidencia falsidade, mentira e desonestidade. Porra, até o olhar denunciava a trafulhice. Para não falar do tique “pokeriano” de quase sempre levar o dedo à sua orelha esquerda sempre que a mentira era objectiva.

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Eça de Queiroz tinha razão: isto é uma “choldra ignóbil”

Eu, sinceramente, até nem tenho a certeza que o melhor caminho seja a dissolução da AR (tentarei explicar mais abaixo). Mas quer a perspectiva quer os argumentos que normalmente suportam a decisão de o não fazer, parecem-me supinamente hipócritas.

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SLAVA UKRAINI

Tu chamas-te Andriy. Tu chamas-te Iryna. Mas podias chamar-te Manuel. Podias chamar-te Maria. Porque sonhaste ser como nós. Sonhaste ser um de nós. E por isso sofres o indizível. E por isso morres todos os dias. E por isso outro se levanta no teu lugar para sofrer o que tu sofreste. Numa coragem que há muito esquecemos. Numa obstinação que há muito perdemos. Enfrentas o Mal olhos nos olhos e o Mal desvia o olhar para esconder o medo. Enfrentas o gigante e cresces. Cresces, cresces até ao céu e o gigante deixa de ser gigante.

Eu chamo-me Manuel. Eu chamo-me Maria. Mas quería chamar-me Andriy. Mas queria chamar-me Iryna. Porque sonho ser como vós. Sonho ser um de vós.

GLÓRIA À UCRÂNIA. SLAVA UKRAINI.

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Eutanásia – uma discussão pervertida

Eu até sou a favor da eutanásia. Não sou é a favor de visões ideológicas e trafulhas sobre o problema.

Desde o tão bronco quanto imbecil e desonesto dogma dos “direitos individuais não se referendam” até à fraudulenta “mentira” dos “avanços civilizacionais, a grande parte dos argumentos aduzidos são uma” mão cheia de nada”. O que, infelizmente, não deixa de ser lógico e expectável porque a questão que devia ser algo transversal a toda a sociedade e bem acima dos espartilhos ideológicos, foi ilegítima e asquerosamente “confiscada” pela esquerda. E como em tudo o que tem o selo da esquerda, a infalível conclusão só pode ser: estamos a ser “endrominados”.

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Ser governante em Portugal (1)

O novel questionário destinado aos candidatos a governantes é mais um absurdo inútil que Costa inventou para prosseguir o principal objectivo do seu governo: desculpabilizar-se. Porque não tem talento nem substância para ter sucesso, procura apenas explicações que lhe desculpem o insucesso. Pelo meio vai acenando com promessas e ilusões que lhe permitam dar a ideia que o fracasso não é assim tão avassalador.

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A geração que quer espatifar a liberdade

Estou convencido, se calhar erradamente, que de todas as liberdades que podemos ambicionar, não há liberdade mais essencial, mais importante e mais básica que a de expressão. Se pudermos falar livremente, tudo o resto pode ser alcançado. Todos os autoritarismos começam a desmoronar-se quando as populações têm liberdade para se expressar.

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A mentira dos que se dizem preocupados connosco

Há muitas pessoas que apesar de estarem naturalmente preocupadas com o ambiente, têm dúvidas (muitas) sobre os argumentos que histericamente (até por isso) são recorrente e constantemente arremessados. Eu sou uma delas.

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A Leste Tanto de Novo

Moscovo, a sua cúpula dirigente e principalmente o próprio Putin não são exactamente grandes adeptos da transparência. As informações que chegam raramente são claras e têm quase sempre várias leituras. O que até é perfeitamente compreensível. A filosofia que escolheram em profunda disrupçâo com a evolução da humanidade, não lhes autoriza grandes sinceridades. Primeiro, isso permite-lhes não ter de efectivamente assumir o que quase ninguém compreenderia. Segundo, a obscuridade é sempre a melhor defesa da ditadura e um garante da sua sobrevivência.

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Alterações ao Código Penal

Código Penal Português

Artigo 164.º

Violação

4 – Não haverá lugar a procedimento criminal se a presumível vítima tiver por qualquer meio provocado as condutas previstas no presente artigo. 

5 – Não haverá também lugar a procedimento criminal se a presumível vítima durante a prossecução dos actos aqui previstos não tiver responsavelmente cessado todas e quaisquer diligências, físicas ou verbais, que visassem a sua própria defesa ou a manutenção da sua integridade. 

Realidades

Para que se percebam os discursos, as intenções e as percepções nesta guerra: não há apenas duas realidades, a nossa, a mais próxima da própria realidade e a russa, algo como uma “realidade paralela”.

Há ainda, entre as duas, uma outra zona: a de putin, a da nomenclatura russa. Eles têm a perfeita noção do que aconteceu e do que está a acontecer. Principalmente têm noção do que fizeram e da forma como isso está a “correr”. Não têm qualquer hipótese de não o saber. Nem penso que não o queiram saber.

Agora a maneira como falam e reagem, implica uma opção deliberada pela deturpação dos factos, pela reescrita da história, pelo “wishful thinking”. Isto é, o discurso deles tem dois objectivos simples: 

1 manipular a “opinião pública” russa (e o facto de sentirem essa necessidade, dá-nos esperança) e, no limite, dar “argumentos” (risíveis) aos poucos, mas barulhentos “infiltrados” no Ocidente; 

2 criar um obstáculo inultrapassável no diálogo entre os dois “lados” porque não é possível conversar com quem não tem mínimos de congruência. Só a tentativa implica, desde logo, uma concessão negocial que os beneficia. Implica aceitar de princípio as bases do inaceitável. 

Quem é amigo, quem é?

A todos os anormais putinistas, perdão, porque vossemecês não têm “tomates” para assumir isso, a todos os que acordam diariamente a pensar nos defeitos que nesse dia vão apontar à Ucrânia, aos Ucranianos ou ao Zelensky, defeitos obviamente encobertos pela imprensa ocidental, toda, mas mesmo “todinha” a soldo dos EUA (por contraponto ao jornalismo russo, esse zénite da liberdade) e porque a “tanga” do nazismo, da NATO, etc., já foi “chão que deu uvas”, ficam aqui algumas sugestões para poderem usar à vossa vontade:

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Desculpa nº47 and counting…

A chocante falta de razão de quem não está solidário com a Ucrânia revela-se na forma como vão sucessivamente descobrindo argumentos que também sucessivamente são obrigados a deixar cair por… óbvia falta de razão.
Agora são o “maniqueísmo” ou o “macarthismo” dominantes.

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Sobre imbecis indesejáveis

Eu sei que a grande maioria de nós pensa que os que apoiam ou são neutrais em relação a putin ou mesmo aqueles que esboçam a condenação da Rússia e depois não resistem em gritar “mas” são uns imbecis indesejáveis.

Mas não estamos correctos. Imbecis são, indubitavelmente. Aliás enormes imbecis cuja qualificação nasce das motivações que os animam: cobardias quase criminosas, ideologias sem sentido, interesses financeiros ou (a mais imbecil de todas) a histérica necessidade de se afirmarem mais inteligentes que os outros num processo que os aproxima muito mais da idiotice do que da genialidade que à força querem demonstrar.

Mas estamos errados quanto à circunstância de serem indesejáveis. Não são. Ainda bem que existem estes idiotas. Porque e apesar da debilidade da argumentação que apresentam, não deixam de provocar o que nos obriga a diária e sucessivamente termos de examinar e reexaminar o que nos leva a estar do lado certo. Sim porque esse exame recorrente que fazemos só nos ajuda a solidificar a certeza que estamos do lado certo.

Por isso, mas também só por isso, obrigado idiotas. 

Rendições convenientes

Razões para o histérico apelo à rendição da Ucrânia:

– cobardia: a colossal coragem dos Ucranianos comprova que o medo não é uma qualidade ao contrário do que, sub-reptícia, constante e reiteradamente, nos é “vendido” pelo “mainstream” e apregoado pelos cobardes;

– hipocrisia: enquanto a agressão militar perdurar e as mortes aumentarem, os disfarçados defensores de putin não podem, por mínimos de decoro, assumir o que realmente pensam e defendem;

– trafulhice: centrando a questão única e exclusivamente nas terríveis consequências da guerra, fazem aproximar o patamar ético entre invasor e invadido, entre agressor e agredido;

– básico putinismo: se a Ucrânia se render, a Rússia vence e os objectivos de putin são sumária e concretamente alcançados; num momento em que o sucesso militar russo está em perigo, nada melhor que uma espécie de “vitória na secretaria”.

Contra o escalar dos conflitos

Primeiro, obviamente não foi um ataque. Foi uma operação informática especial.

Segundo, é preciso compreender o contexto que levou aquela operação especial. É impossível não perceber ali o dedo da NATO, dos EUA, da UE, do grande capital, etc.

Terceiro, em nome da tranquilidade e da paz, pede-se a todos os profissionais informáticos que não contribuam para o PCP poder responder àquela operação especial nem forneçam ferramentas, programas ou aplicações que ajudem o partido a enfrentar os “hackers” para não escalar mais a situação.

Já agora, alguém tem a certeza que não foi o PCP – Partido Comunista Português a sabotar o seu próprio sistema informático?

Bucha

assim como Mariupol, assim como tantas e tantas aldeias, vilas ou cidades com nomes até agora desconhecidos e impronunciáveis e que ficarão para sempre na consciência do mundo. Como um ferro em brasa que nos torturará eternamente. Muito, pouco ou quase nada porque, ao contrário do que pretendemos crer, a excelência humana nunca foi tão rara quanto o é hoje.

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Se és extremista, já foste…

Esta não é uma guerra ideológica. Ao contrário do que alguns (fracos, fraquinhos) tentam fazer crer, não são ideologias políticas que aqui estão em confronto. No limite, poderão estar (e provavelmente estarão) em causa os extremos da geometria política. No limite, poderão estar em confronto a democracia e todas os outros sistemas que não respeitam os direitos fundamentais.

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Colossal lata

@observador.pt

Fiquei chocado com a evidente hipocrisia que a esquerda histericamente demonstrou a propósito do despacho judicial que alterou as medidas de coacção aplicadas a Mário Machado de forma a permitir-lhe deslocar-se para a Ucrânia. Além de ninguém se ter preocupado ou sequer referido a fundamentação jurídica do despacho, a “ira” focou-se na alegada normalização da “extrema-direita”.

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Whataboutismos e Falácias

Whataboutism (também chamado de whataboutery) é uma variante da falácia formal tu quoque em que se tenta desacreditar a posição do argumentador ao acusá-lo de hipocrisia sem refutar seu argumento… A falácia consiste de utilizar uma situação ou prática muito próxima ao que se é criticado utilizando-se de estruturas do tipo: “E aquilo…”, “E sobre…”, “E o(a)…” ou “E o que dizer, então…”. Geralmente, a utilização dessa falácia é feito para relativizar moralmente um evento ou situação utilizando-se de outro.

https://pt.m.wikipedia.org/wiki/Whataboutism

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O suicídio da extrema-esquerda ou quando o “verniz” é de má qualidade…

Lembram-se daqueles princípios que a extrema-esquerda gritava histérica como se fossem a única razão de vida que eles tinham, género a “auto-determinação” dos povos, a “não-ingerência” das potências, o respeito pelas “deliberações populares”, etc. Pois, já naquela altura soava a falso. Obviamente não os princípios que esses são inatacáveis, mas a forma como eram freneticamente apregoados. O evidente tom “falsete” indiciava o pior. E agora, caíu a máscara. Nunca, mas mesmo nunca aqueles princípios significaram o que quer que fosse para a extrema-esquerda. Eram apenas argumentos vazios (para eles) que usavam quando lhes dava jeito.

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Pausa

Está na altura de parar um pouco, só uns minutos bastam, e rever o que se tem passado, o que temos sentido e o que temos feito. Conheço minimamente a humanidade e mesmo confessando a minha surpresa por esta reacção tão global e muito mais enérgica que o expectável, sei que esta vontade tenderá a abrandar com o decorrer do tempo.

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Neutralidades imbecis

“Para muitos (Ucranianos) hoje não é um dia bom. Para muitos (Ucranianos) hoje pode ser o seu último dia”.
Volodymyr Zelensky, 2022.03.01

Este não é um conflito “normal”. Este não é um conflito “tradicional”. Este não é um conflito onde a razão se perde em labirintos de factos. Este não é um conflito onde a ideologia ou as construções doutrinárias rebuscadas podem determinar o nosso lado. Há um agressor e há um agredido. Há um ditador sanguinário e psicopata e um Povo inteiro que sofre, que resiste, que morre. Há um País (pelo menos o seu governo) que injustificadamente (não, não há qualquer justificação lógica ou plausível que sustente a invasão) entra num território estrangeiro, destrói e mata em crescendo e uma Nação que tenta sobreviver. Uma Nação que recusa a sua extinção. A extinção que outros decretaram.

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Porque foi possível

A guerra, por ser sempre execrável, tem a capacidade de acordar o compromisso. Tem a capacidade de exorcizar ambiguidades. Tem a capacidade de expor carácteres. Num círculo vicioso que evidencia a fraqueza humana. Porque os pequenos males são permitidos por uns e procurados por outros até ao grande mal acontecer. E essa é a grande lição que a história diz que não é aprendida. Se a integridade fosse princípio permanente e universal, as “batotas” éticas que são relevadas em nome de uma paz que por isso mesmo nunca deixará de ser frágil, mas na verdade, em nome de uma cobardia, essa sim, pandémica e regressiva, não seriam toleradas. Porque a guerra não é mais que a soma ou o produto desses pequenos e recorrentes vícios.

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A Europa volta a estar em Guerra

Como foi possível? Algo que só tínhamos noção através de livros ou filmes. Voltou a acontecer. Depois da desgraça que representou o fim da Jugoslávia, depois dos horrores da Tchetchénia, a Europa enfrenta agora um conflito de proporções inimagináveis.

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Porque é que estamos sempre na “cauda” da Europa?

E quando não estamos, para lá caminhamos?

Há algo de profundamente errado no Povo Português. Como também há algo de maravilhosamente bom, generoso e, tantas vezes, genial. Mas, infelizmente, esta reflexão é sobre o que nos atrasa, sobre o que, implacavelmente, nos leva à pobreza e à infelicidade.

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Manipulação e hipocrisia

“Deus sabe” o que estas situações com crianças me alteram. “Deus sabe” o contente que vou ficar quando retirarem Rayan daquele poço.

Mas ligar a televisão e ver todos os canais informativos permanentemente em directo, a noticiarem rigorosamente “nada” e com dezenas de “especialistas” em “vá-se lá saber o quê” (género o que têm feito desde há 2 anos com a pandemia) a debitarem superficialidades, diz muito mais acerca das intenções manipuladoras dos órgãos de comunicação social que propriamente acerca da terrivel situação em que se encontra o pequeno Rayan. E já agora também acerca da bovinidade hipócrita das suas audiências.

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Mais um dia no escritório

Medos

Porque a passagem de ano “já lá vai” e esta vida tem pouco de “festa”, aqui vai o primeiro deste ano.

Algumas vezes penso que por coerência ética nem deveria escrever sobre Portugal. Pela primeira vez tenho a sensação de ser uma espécie de “traidor à Pátria”. Alguém que se pudesse, saía daqui porque quase todos os outros Países são muito melhores que o nosso.

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A indústria do medo II

Esta foto reflecte um documento oficial do Ministério da Saúde que pode ser consultado aqui:

https://covid19.min-saude.pt/wp-content/uploads/2021/12/PB07.pdf

O texto que consta da foto aparece na página 6.

Mas ainda mais tenebroso é o “remate” do documento:

MÉTODOS: Revisão narrativa da literatura

A indústria do medo

As notícias que compõem a imagem deste post não são muito fáceis de descobrir. Estão disponíveis, mas não fazem “parangonas”. Porquê?

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