Hoje comprei uma caixa de tâmaras maduras da Palestina.
Custou-me quatro vezes mais que as caixas de tâmaras maduras oriundas da mesma área geográfica.
Porque será?
Da Palestina
Será que tens mesmo os tomates no sítio, Argentina?
A selecção argentina cancelou o jogo amigável com a sua congénere israelita, devido a alegadas pressões da parte de movimentos organizados que contestam a ocupação violenta da Palestina por forças israelitas. Parece-me uma excelente iniciativa, na medida em que sou da opinião que todos os regimes opressores deste planeta devem ser punidos, sancionados e isolados. Posto isto, aguarda-se, a qualquer momento, o anúncio oficial do boicote da selecção das Pampas ao Campeonato do Mundo, que este ano se realiza na Federação Russa. A ver vamos, de que material são feitos estes argentinos.
Israel, uma espécie de Irão, versão capitalista, que encarcera menores que ousam beliscar o regime
Fotografia@Expresso
O violento regime de Telavive mantem reclusa uma adolescente palestiniana de 16 anos, Ahed Tamimi, filmada a dar uma chapada num soldado israelita. Ahed faz parte de um universo de 300 menores encarcerados pela democracia de fachada que impera em Israel.
Na passada Segunda-feira, Ahed Tamimi tinha audiência marcada no tribunal militar criado pelo regime israelita para lidar com palestinianos insubmissos que se recusam a ficar de braços cruzados perante as sucessivas ocupações territoriais levadas a cabo por Israel. Como se julgar uma adolescente num tribunal militar por uma chapada, possivelmente bem aplicada, a um soldado do regime opressor não fosse, por si só, suficientemente estúpido, a audiência foi adiada, o que significa que Ahed ficará detida por mais uma semana.
Assim vai a ditadura favorita dos democratas ocidentais.
Jerusalém estava mesmo a precisar de um banho de sangue desnecessário
Fotografia: Chip Somodevilla@Expresso
Esta besta quadrada, este grunho anormal, decidiu incendiar ainda mais o Médio Oriente e deixar a humanidade em pânico, como se os incêndios que faz deflagrar, todos os dias, no mundo inteiro, não fossem já suficientes. Percebe-se: com a sua popularidade a navegar no esgoto, o seu governo a desintegrar-se aos poucos, o acumular de escândalos e a crescente percepção do erro que os norte-americanos cometeram ao colocar um lunático aos comandos da Casa Branca, resta-lhe o lobby carniceiro judeu, a quem periodicamente é necessário oferecer um sacrifício. E Jerusalém estava mesmo a precisar de um banho de sangue desnecessário.
O criação administrativa do estado artificial de Israel faz hoje 100 anos
A missiva tinha a assinatura do então secretário britânico dos Negócios Estrangeiros, Arthur James Balfour, e o destinatário era o patriarca da família Rothschild, posição hoje ocupada por um tipo de ar sinistro, uma mistura entre Mr. Burns e Freddy Krueger, que corrompe meio mundo, financia ambos os lados de várias guerras e controla políticos e decisores de todo o mundo. Já naquele tempo, o poder desta família de terroristas era imenso, a ponto de terem este nível de influência junto da superpotência mundial da altura, o Reino Unido. Tivesse a Catalunha um gajo destes e já era independente há várias décadas. [Read more…]
Notícias da Palestina
Tamel Abu Ghazaleh nasceu no Cairo em 1986 no seio de uma família palestiniana. Aos 2 anos cantava e tocava música, tendo começado a compor com a idade de 9 anos. Iniciou formalmente a sua educação musical em 1998 no Conservatório Nacional de Música de Ramallah (actualmente, Conservatório Edward Said), onde estudou os seus instrumentos de eleição – o oud e o buzuq -, assim como teoria musical, história, análise, composição, arranjo e performance, sob a supervisão do músico palestiniano Khaled Jubran.
Em 1991, Abu Ghazaleh lançou o seu primeiro single, “Ma Fi Khof” (“Sem Medo”), que passou a ser amplamente cantado em protestos durante a primeira Intifada. O seu primeiro álbum, “El Janayen Ghona” (“Jardins de Música”), com canções por si elaboradas entre os 5 e os 15 anos, foi editado em 2001. Em 2006, com 20 anos de idade, produziu o seu segundo álbum, “Mir’ah” (“Espelho”), que editou em 2008. O registo das sete canções, escritas nos períodos de recolher obrigatório da segunda Intifada, reflecte a experiência de viver na Palestina durante esse período.
Em 2007, fundou a organização de música independente “eka3”, concebida como incubadora de negócios de promoção da música árabe, através da qual fundou a editora musical “Mostakell”, uma empresa de agência musical e uma empresa de licenciamento de música, tendo ainda sido co-fundador da revista de crítica musical “Ma3azef.com”.
Em 2010, Tamel Abu Ghazaleh fundou o grupo musical multi-géneros “Kazamada” com Zeid Hamdan, Mahmoud Radaideh e Donia Massoud e em 2012 co-fundou a banda alternativa “Alif”, com Maurice Louca e Khyam Allami, tendo colaborado com variadíssimos músicos árabes e participado em diversos projectos artísticos desde 2005.
(Do currículo do autor em http://www.tamer.ag/)
No ano passado, editou em nome próprio o álbum “Thult” (“Terceiro Álbum”), de onde vos deixamos o vídeo da música “Khabar Ajel” (“Notícias”): um convite aos famintos do mundo para visitarem a Palestina e deliciarem-se com os manjares que ali são diariamente servidos (a letra está disponível em inglês na página da origem). Bom fim de semana!
Shimon Peres (1923 – 2016)
A esperança está na cultura
Um livro sobre uma história de amor entre uma israelita e um palestiniano foi retirado dos programas curriculares dos liceus israelitas. Em resposta, Geder Haya tornou-se um dos livros mais vendidos em Israel e “ocupa o primeiro lugar lugar na lista de livros do jornal Haaretz”.
A resposta dos leitores Israelitas só por si agrada-me bastante (assim como a resposta da Time Out de Tel Aviv). Mas também me agrada o comentário de Amos Oz:
“Por que não, então, proibir o estudo da Bíblia, já que se trata de censurar relações sexuais entre judeus e não-judeus?”
Na adversidade, meus amigos, a resposta é ler livros.
Frases que nunca pensei escrever ou sequer pensar…
…Mas cá vamos nós:
Eu acrescento:
1- O holocausto não foi obra do acaso. Não aconteceu porque alguém “incentivou” ou encourajou Hitler. A ideia da eliminação de determinadas “raças” está inscrita na ideologia nazi que tem como base a pureza racial e a glorificação da violência. Não aconteceu porque um dia alguém se lembrou de dizer a Hitler, “então e se em vez de os expulsar os matasses a todos?” A violência e a destruição fazem parte desta ideologia e não podem nunca ser dessaciados dela.
2- O apoio do Mufti a Hitler – ou o facto dele apoiar a perseguição e os massacres de judeus – nada tem a ver com os palestinianos que hoje vivem e morrem na Faixa de Gaza. Usar o Holocausto para justificar a ocupação ilegal de territórios, para fomentar o ódio entre dois povos, para fomentar a guerra é nojento. Netanyahu não honra o próprio povo. Está a instrumentalizar a Shoah. É um inimigo do povo que diz defender.
Pelo reconhecimento da Palestina
O parlamento britânico aprovou esta semana uma moção de reconhecimento do Estado Palestiniano. Na semana anterior, o primeiro ministro da Suécia declarou a sua intenção de propor o reconhecimento da Palestina. Mas o mapa publicado esta semana pelo Courrier International mostra um seguidismo chocante entre os países da OCDE à política internacional dos EUA. As iniciativas britânica e sueca tem o potencial de criar um efeito dominó na Europa e gerar uma pressão insuportável contra a política da direita e da extrema-direita israelita. Seria tão fácil Portugal aderir a esta tendência, apoio popular não falta.
Quero deixar bem claro que sou um grande apoiante daquela que foi a Iniciativa de Genebra celebrada entre israelitas e palestinianos a favor da promoção da paz e do reconhecimento mútuo. Move-me o combate contra as políticas de direita belicistas, intolerantes e segregacionistas tanto de israelitas como de palestinianos, e não a nacionalidade de cada um. Como já escrevi há uns anos no Cinco Dias, acho que o problema entre Israel e a Palestina é em grande medida uma luta entre soluções de esquerda e de direita. O que é dramático é que a direita (Hamas e Likud) tem o monopólio do poder.
(Imagem Courrier International)
Violence is in the eye of the beholder
Pelo caminho enviem mais umas munições para os moços que ainda lá existem umas escolas e uns hospitais cheios de mísseis e terroristas. Yes you can!!!
Paris a arder
© Laurent Troude
Manifestação pró-Palestina em Paris (19 de Julho de 2014). Esta tarde, e embora interditada pelo Ministro do Interior, preocupado com o anti-semitismo, deverá haver outra. O Novo Partido Anti-Capitalista apela à mobilização dos parisienses
Oração
Não acreditando na tua existência pode parecer um abuso, mas na forma como os homens te criaram, infinitamente bom e misericordioso, escutarás o pedido de um descrente da tua existência como se fosse a de um devoto, sei.
Agora que antes da final um dos teus papas já ganhou a copa e demonstrado de vez não seres brasileiro, garantindo tratamento igual para todos os povos, podias pensar num deles, teu crente, numa parte do planeta onde ainda tens teocracias, que está a levar com os maluquinhos de outro povo, igualmente teu crente, a matar pessoas todos os dias, e a malta já nem repara, nem dá importância, bombardeamentos em Gaza mal é notícia.
Mas devia ser; tal como judeus e ciganos no século passado foram amuralhados antes do extermínio final, agora temos os palestinianos, mais pós-moderno mas o mesmo gueto, os muros, o mesmo apartheid, mas com muito mais dinheiro espalhado pelo mundo para comprar a tolerância com o invasor, a propaganda, para adquirir o silêncio dos mortos.
Também podia dizer umas coisas sobre essa insistência em deixares os teus fanáticos divididos em religiões que se isarael-ó-palestinizam umas às outras, um pouco por toda a parte, mas era abuso, um ateu conhece os limites, fico, caro Deus, por Gaza. Obrigado.
imagem: Prisioneiros ciganos no campo de Belzec, Polónia, 1940.
Israel e o tiro ao alvo*
Nuno Roby Amorim
Existe uma posição muito irritante, da intelligentsia conservadora europeia e portuguesa em particular, de apoio incondicional a Israel aconteça o que acontecer e ultimamente tem acontecido muito. Este apoio baseia-se no princípio de que o estado hebraico é uma verdadeira democracia, o que é verdade, uma ilha rodeada por fanáticos extremistas e radicais árabes, prontos a violarem os princípios mais básicos da dignidade humana, o que também é parcialmente verdade. Ora bem, só que a democracia é Universal e nada vale se a utilizarmos em casa e na rua andarmos a correr tudo ao estalo, o que é um pouco o que se passa no terreno. [Read more…]
Stay Classy Israel!
Punição colectiva em Israel. Esgoto é pulverizado sobre palestinianos (em inglês).
Yael Ronen
A encenadora israelita Yael Ronen (n.1976) esteve no passado mês de Julho em Lisboa para, no âmbito do Festival de Teatro de Almada, apresentar no Teatro Nacional D. Maria II a sua mais recente criação: A véspera do dia final. Encenadora associada da Schaubühne (a mítica companhia de Berlim), Ronen foi nomeada em 2009 para o New Theatrical Realities Prize, um importante prémio europeu que reconhece a originalidade e a inovação das dramaturgias emergentes. Oráculo prudente, a encenadora trabalha no fio da actualidade, constantemente seguindo o que está a passar-se no teatro do Mundo, incessantemente actualizando o seu objecto teatral: “Estamos sempre prontos para que no fim da representação o Mundo já não seja o mesmo”, explicou a um jornalista alemão. As suas peças têm normalmente actores de diferentes nacionalidades (sobretudo israelitas, alemães e palestinianos), com quem Ronen trabalha em conjunto os seus textos, levando para as peças partes do próprio processo criativo: os telefonemas dos pais dos actores árabes e judeus, pedindo-lhes para que não representem terroristas, para que não falem mal da própria religião; o actor israelo-palestiniano que não teme o terror no Médio Oriente mas sim que alguém em Berlim, onde os teatros não têm checkpoints, entre armado pela Schaubühne adentro e o mate.
Constantemente no fio da actualidade, Yael Ronen tenta contudo ver para além das parangonas dos jornais e da desinformação que distraem a Humanidade daquilo que está a acontecer-lhe: a alienação pela religião, o recrudescimento das identidades nacionais, os grandes conflitos cujos desfechos terão inelutáveis consequências para todos, e de que é evidente paradigma o estado das coisas na Cisjordânia. O racismo, o preconceito, o fundamentalismo religioso, a violência por detrás dos falsos compromissos de negociação entre povos desavindos, a manipulação a que estão constantemente sujeitos, a desesperança: eis a combinação explosiva que segundo Ronen (mas não está sozinha nessa visão) nos afectará a todos se não interviermos atempadamente. Para dissecar as idiossincrasias de tudo o que nos separa ou reúne, Yael Ronen e a sua trupe abordaram as religiões como produtos nos quais apenas o marketing (essa ciência que é um remédio santo) parece ser capaz de encontrar qualidades. Assim, requalificando comercialmente os grandes símbolos (Jesus não já na cruz mas numa cadeira eléctrica, ou o judaísmo como religião de elite – “apenas 0,3% da população mundial mas 35% dos prémios Nobel”), a encenadora israelita consegue demonstrar-nos a que ponto a globalização da bárbara cultura da economia está a alienar-nos da histórica vocação universalista da Europa – actualmente paralisada, apenas capaz de, através do seu tribunal internacional, declarar ilegal o muro de várias centenas de quilómetros que separa os ‘ocupas’ de Israel dos restantes territórios palestinianos.
Palestina reconhecida como estado observador da ONU
O estado do povo a que não deixam ter estado e pretendem dizimar no campo de concentração de Gaza é desde hoje reconhecido como observador pelo mundo (com excepção da Micronesia, Nauru, Palau e mais uns estados menores subsidiados pelo sionazismo internacional, que bem se podem sentar no chão). Portugal votou a favor, o que só demonstra que Paulo Portas tem os seus defeitos mas não é exactamente um criminoso, além de que o governo precisa de exportar portugueses para uns certos países árabes..
Andam por aqui umas bestas antropomórficas da Brigada Mossad, muito chateadas, difundindo a propaganda goebbeliana do costume e criticando aqueles em que votaram. Podem ir levar no Palau.
Bem vinda Palestina
Palestina
Não há sol nos céus da Palestina não há luz nos olhos da Palestina roubaram o sorriso à Palestina
São de sangue as gotas de orvalho da madrugada e o vento só é vento quando as balas assobiam roubaram as manhãs à Palestina
O céu de chumbo esmaga as almas e os ossos e é de lágrimas a chuva quando cai não há sol nos céus da Palestina
Do ventre da lua cheia de aço e de amargura nasce a cada hora um menino com bombas à cintura mataram a infância na Palestina [Read more…]
Israel legaliza três colonatos na Cisjordânia
Não se pode dizer que não tenha razão
Stay Classy Israel!
Contra inquérito à construção de novos colonatos – Israel corta relações com o Conselho de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Hoje dá na net: A História Sionista
A História Sionista, documentário de Ronen Berelovich onde se retrata a limpeza étnica, colonização e o regime de apartheid impostos à Palestina, com o objectivo de produzir um estado judeu.
Legendado em Português.
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