Disfunção eréctil

Para aliviar um pouco a tensão (não quero tirar o “n”) dos últimos dias, queria dizer algumas coisas sobre a disfunção eréctil.

Não é assunto da minha especialidade, mas como ultimamente há estudos sobre a etiopatogenia da disfunção eréctil que sugerem que esta alteração representa uma manifestação precoce de aterosclerose, pensa-se que a disfunção eréctil poderá ser um marcador precoce de doença cardiovascular, nomeadamente coronária. Por isso gostaria  de deixar aqui umas breves notas.

Nos países industrializados a prevalência de disfunção eréctil tem vindo a aumentar, em paralelo com todas as doenças cardiovasculares. O facto destas doenças se associarem a uma grande morbilidade e mortalidade cria um enorme peso na sociedade. Daí a necessidade de se obterem métodos de prevenção e detecção precoce. O estudo da disfunção eréctil, dado que esta pode corresponder a uma aterosclerose ou arteriosclerose, como queiram, das artérias penianas, tem levado urologistas e cardiologistas (duas especialidades aparentemente tão distantes), a convergirem esforços no sentido do diagnóstico, identificação e prevenção precoce da doença cardiovascular.

Neste sentido, tem vindo a ser proposto aos doentes com idade superior a 45 anos, que referem disfunção eréctil, sem outra sintomatologia cardiovascular, a avaliação para os factores de risco cardiovascular, na tentativa de detectar a presença de doença coronária assintomática ou numa fase sub-clínica.

Aqui fica a informação, que pretende ser um pequeno alerta, e nunca um factor de preocupação e pânico, que desses já estamos fartos e cheios através da espectacularidade que os meios de comunicação social  fazem quando se põem a falar destas matérias.