Saudades de S. Paulo

Sampa é o cheiro a álcool dos tubos de escape. Sampa é a baiana arrependida de ter deixado a Baía e que vende água de cana na rua.  Sampa é a avenida Paulista a vibrar sob os nossos pés.

Sampa tem cheiro a suor, a amêndoa frita, a etanol. Sampa é negra, índia, alemã, japonesa, lusitana. Sampa é a filha de índios que vive na favela e a quem nunca fizeram uma foto. Sampa é o casal de namorados, branco e negra, sob as árvores do centro cultural, lá na rua Vergueiro.

Sampa é a vertigem da vista do alto do Banespa, onde a imensidão da cidade nos devora. Sampa é pão-de-queijo, é padaria de português de Trás-os-Montes. [Read more…]