A LPM anda muito por baixo

Os jornais online (e os blogues) têm caixas de comentários. É bom, e claro que é um risco. Em situações de conflitualidade social com o governo já sabíamos que os profissionais atacam. Por profissionais entenda-se gente que mete o mesmo texto em tudo o que é sítio possível, e/ou glosa os mesmos argumentos que por espantosa coincidência são os que o governo debita nesse dia. Conhecemos também as suas vozes nos fóruns, tipo TSF. Fenómenos espantosos de cozinheiros que debitam sobre educação, energias renováveis ou as finanças públicas, engasgando-se aqui e ali na gíria, exímios em falar com a mesma mestria técnica sobre qualquer assunto na ordem do dia, sobredotados num país de novas oportunidades.

Como temos guerra professores/governo em fase de aquecimento já começaram a atacar, como ontem referi. Pesquei de um dos locais do costume esta pérola, que me parece exemplar no que toca à estratégia, a mesma do ano passado: fazer passar a imagem da classe docente como a de uma cambada de privilegiados, podres de ricos, e sem fazerem nenhum. De salientar que ainda não perceberam a parte em que Sócrates perdeu a maioriazinha, não entenderam que os professores falam directamente com as pessoas, e esta mensagem não passa. Luís Paixão Martins, tens de lhes mudar o discurso, com este já perdeste, e se insistes muito ainda perdes o contrato, embora ganhes outro com o governo seguinte, que a falta de concorrência no mercado é tramada.

Profª Chiquérrima e Fina!

Este comentário já foi retirado pelos coleguinhas mais de 20 vezes! A revolta dos explorados, refiro-me aos professores, principalmente. Eu sou professora e o meu companheiro é…bem, não se pode dizer assim não é, mas também trabalha no Estado; Temos dois filhotes, já adultos, já votam, mas ainda andam na faculdade; Os dois juntos só ganhamos líquidos 6 mil euros! Claro que temos a segurança de sabermos que não nos põem no olho da rua e os horários também são adaptáveis ao nosso modo de vida; Agora até só dou 18h de aulas por semana, o que me permite ir à minha ginástica e ter a minha vida social, afinal somos licenciados! Ele eram as avaliações, as aulas de substituição, as reuniões com os pais, enfim, uma maçada! Parece que vou voltar a votar no PS, afinal esta ministra é nossa amiga e quer livrar-nos de todas aquelas maçadas! Como disse antes, eles, o pai e o menino, votaram no BE e eu e a menina votámos no CDS, sempre era mais adequado à nossa condição feminina e mais chiquérrimo. Mas tenho que aqui confessar que votaremos no partido que prometer acabar com todas aquelas maçadas que referi; Se forem vários a proteger o nosso status, faremos como nas últimas eleições: o menino e o maridão votam num e eu a menina noutro. Beijinhos aos colegas que estão aqui no fórum. Colegas, temos que lutar pela conservação do nosso status! Hoje, colegas, por causa do stress académico, até estou na neve, mas não digo onde por causa dos invejosos. Ai que aliviada estou! Beijinhos!