Peões Mortíferos

A semana passada começou uma campanha com o objectivo de reduzir a morte por atropelamento. Uma das razões apontadas por Carlos Barbosa, presidente do ACP é o facto de que “em portugal há um costume horrivel de atravessar fora das passadeiras”.
A má colocação das próprias passadeiras, como esta que leva a um jardim ou a um estacionamento, não terá certamente nada que ver com isso

Não lhe ocorreu que talvez o facto de quase nenhum automobilista parar para dar passagem aos peões fosse talvez a explicação mais simples para (voltando à frase espantosa do presidente do ACP) “o peão muitas vezes acha-se no direito de atirar-se para as passadeiras e atravessar de qualquer maneira” (ver afirmações na rtp).

Ou então, o facto de por exemplos os semáforos serem só pensado na óptica do automobilista, mesmo que isso obrigue ficar 2 minutos à espera para atravessar uma rua.

Apesar disto, e esquecendo talvez que em portugal também há o hábito horrível de não cumprir limites de velocidade, o presidente do ACP achou que o factor mais importante a destacar para reduzir as mortes por atropelamento é o comportamento sádico dos peões nas passadeiras… será que acha o mesmo em relação aos atropelamentos em semáforos? Será que aí podemos confiar que estando verde para os peões podemos atravessar sem correr o risco de atropelar nenhum carro?

The Godfather IV: O Afilhado

Já no mês de Fevereiro João José Cardoso, aqui no Aventar, peguntava: “Você pagava 2,5 milhões de euros por ano a este tipo?”

Hoje, na na comissão de inquérito ao negócio PT/TVI, Carlos Barbosa disse, por outras palavras, que não, que ele não pagava, até porque Rui Pedro Soares “não tinha qualquer espécie de aptidões” para estar na PT Compras, “é evidente que o dr. Rui Pedro Soares não cai do céu na SGPS sem conhecimentos nas áreas de gestão e financeira que ele não tinha. Se calhar teve ‘padrinhos’ que nunca nenhum de nós teve”.

E disse também isto: “Ele nunca escondeu a sua amizade por José Sócrates e a sua amizade, talvez mais forte, por Mário Lino”. A 2,5 milhões de euros por ano, por cabeça, também eu tinha grandes amigos. Aquilo a que hoje em dia se chama amigos xPTo.

(PS: Já agora, e porque um blogue também pode ser formativo, veja aqui o significado original de XPTO)