Os casamentos de Santo António e as danças eróticas na Igreja Matriz da Lousã

Os Casamentos de Santo António realizam-se há já 14 anos, portanto no pós 25 de Abril e foram iniciados quando era Presidente da Câmara João Soares. De acordo com o Patriarcado ficou acordado que estes casamentos tivessem lugar anualmente a 12 de Junho (véspera do dia de S. António), sendo que seriam realizados no mesmo Evento, casamentos católicos e casamentos não católicos ou civis. Houve até um ano em que, se realizou um casamento muçulmano, que teve lugar na Mesquita de Lisboa. Não foi estipulado um número de casais a casarem anualmente, mas sim acordado que, os casamentos pela Igreja teriam de ser sempre num total de o dobro mais um dos casais não católicos. Por isso há catorze anos que se casam onze casais pela Igreja e cinco sem ser pela Igreja.
As Noivas de Santo António, que foi um evento que se organizou em 1958 por iniciativa do antigo Diário Popular, conjuntamente com a Câmara de Lisboa que se realizou-se até 1974. Este acontecimento sim, só tinha casamentos pela Igreja.
Assim, e porque os tempos são outros para os católicos e não católicos, ao ser recuperado o evento e a tradição da cidade de Lisboa, passou a chamar-se Casamentos de Santo António, incluindo neste mesmo evento casamentos pela Igreja e casamentos fora da Igreja. Há catorze anos que se comemora assim esta tradição alfacinha, sempre no dia 12 de Junho, no seguimento das comemorações originais de 1958, mas com as devidas adaptações à sociedade moderna e contemporânea. Tudo isto de acordo com o poder eclesiástico, politico e da sociedade civil.
Ao ser aprovada a lei dos casamentos entre pessoas do mesmo sexo, parece-me evidente, porque todos estamos inseridos na mesma sociedade e ao abrigo das mesmas obrigações, deveres e garantias, que se vá permitir, tanto o poder autárquico como o eclesiástico, que neste evento se casem pessoas do mesmo sexo. [Read more…]

A tradição já não é o que era

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