Enquanto o pau vai e vem, já nem as costas folgam

Na missão de escolher prémios Nobel da Economia para sustentar as posições que defendemos, dei por mim a escolher Paul Krugman. Não porque partilhe sempre as mesmas opiniões mas porque tem sentido de humor e, acima de tudo, é daqueles vencedores do dito prémio que dizem coisas que o comum dos mortais entende. Isto é, não é preciso ter sido ministro das Finanças, servidor do Estado no Banco de Portugal ou professor de finanças públicas para entender o homem.

Ontem Krugman lembrou-se novo de Portugal, país pelo qual nutre certo carinho. E o que disse? Que Portugal é a próxima pedra do dómino a cair, que a recuperação passa pela deflacção e que, atendendo ao volume da dívida privada, esta será bem tramada.

Até parecia premonição.

Hoje, por breves momentos pudemos respirar, até que nos voltaram a atirar ao tapete. Diz o ditado que enquanto o pau vai e vem, folgam as costas. O problema é que o tempo entre cada cacetada está cada vez mais curto.