«It’s the fucking great outdoors»*
(and it is the fucking great city of Edinburgh)
Em Inverness acordo cedo, mas assim mesmo não a horas de tomar o pequeno almoço. Há décadas que não ficava num Bed & Breakfast e, aqui entre nós, tenho intenção de passar mais algumas décadas sem repetir a experiência. Apesar de muito central, a rigidez do homem quanto ao horário do pequeno almoço, mesmo diante da minha insistência de que eram umas horas absurdas… das 8h às 9h… quer dizer… não cedeu um segundo que fosse. Quando hoje acordei e desci com as malas para pagar e me por a andar dali, tive outra surpresa desagradável. Não podia pagar com cartão e não tinha comigo dinheiro suficiente. Desagradou-me que o homem insistisse que estava escrito no Booking.com que não aceitava cartões. Quando, na verdade, eu tinha comigo o email da reserva e nada constava nesse sentido. Chateada desci os Market Steps até ao centro e levantei dinheiro. Voltei a subir os muitos degraus, ainda aborrecida e quando cheguei ao nº 15 da Ardconnel Street paguei e pedi ao homem que me chamasse um taxi. Estava quase na hora de me encontrar com a Txus no Mercado em frente à estação. O homem antes perguntou-me ‘para onde vai agora?’ e eu, ainda esquinada com ele e com falta de cafeína, respondi-lhe se tinha alguma coisa a ver com isso.
No Mercado, de mau humor, tomo o pequeno almoço e logo chega a Txus com as suas próprias malas. Alegro-me um pouco ao ver girassois na florista. Mas ao tirar uma fotografia, a dona da loja vem lá de dentro, com cara de cão de fila e exclama que não posso tirar fotografias. Eu e a Txus entreolhamo-nos pasmadas… não se podem tirar fotografias a flores, porque? De qualquer modo, já tinha tirado a fotografia. Adiante. Despeço-me da Txus com um abraço certa que nos voltaremos a ver daqui a pouco mais de um mês, em Aveiro. E logo depois, certamente, em Madrid em Dezembro. É uma ideia agradável, revê-la daqui a uns tempos. Os reencontros com os amigos são sempre bons e lembram-nos que não vale a pena aborrecermos-nos por coisas parvas como o facto de o homem do B&B nem sequer me ter dado um recibo. E é esta gente, depois, que acusa os do sul da Europa de fugir aos impostos! Enfim, já tinha dito adiante, adiante seja.
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