Postais da Raia #6 a #10 (de Cáceres a Castelo de Vide)
Postais da Raia #5 (Sabugal e arredores)
A Nave de Pedra
Postais da Raia #3 e #4 (Sabugal e arredores)
«Ah, mas onde é que estão as aldeias todas?»*
E podia ficar-me apenas por aqui, para resumir os últimos dois (mesmo três) dias. Não é que as aldeias não existam, mas a verdade é que estas aldeias (as históricas e as outras) não existem, ou já quase não existem. As razões são múltiplas, escrevi-o antes de antes de ontem e variam entre o abandono e a ruína e a transformação noutra coisa qualquer.
Postais da Raia #1 (Sabugal e arredores)
100 carvalhos para 1 eucalipto
A CP e o colapso programado da linha do Douro
Carlos Almendra Barca Dalva
Uma nota prévia: a CP deixou de alugar comboios charter às empresas de turismo e excursões no Douro há vários anos. Razão? – não há comboios disponíveis. Há vários anos.
Outra nota prévia: em 2015, e apesar das condições de exploração sofríveis e da vetustez dos comboios disponíveis, as receitas dos bilhetes cobriram as despesas operacionais na linha do Douro. É um caso raro na Europa ter uma linha de cariz regional a pagar a sua própria operação com as receitas. É mesmo o único caso em Portugal.
Explicando melhor: a linha do Douro é única via férrea que “não dá prejuízo”. A linha de Cascais dá prejuízo, a linha de Sintra dá muito prejuízo, só para termos uma ideia do que estamos falar. A linha do Douro cobriu as despesas operacionais num ano em que a CP já não alugava comboios, num ano em que a CP abdicou de transportar 180.000 passageiros em comboios charter. Teria sido uma média de +500 passageiros/dia a um valor nunca inferior a 10 euros/pessoa.
Basta pedir os números à CP.
Mas vamos à situação actual.
A linha do Douro tem, desde há muitos anos, cinco comboios diários em cada sentido no entre a Régua e o seu terminus, a estação do Pocinho.
Um grupo de amigos pretendia organizar uma viagem no Douro em Agosto. Feita a pesquisa no site da CP, o grupo verifica que, dos actuais 5 comboios, a partir de 5 de Agosto passariam a ser apenas 3. Portanto, um decréscimo de 40% na oferta de comboios, e isto em plena época alta, a mesma época alta em que a GNR é amiúde chamada às estações do Pinhão e Régua para serenar os ânimos dos “clientes” que não conseguem encontrar lugar nos comboios.
Época alta, corte de 40% nos lugares a partir de 5 de Agosto.
No país “melhor destino turístico”. No Douro, “Património da Humanidade”
Mas tudo isto é premeditado.
Se não, atente-se na correspondência trocada com a empresa. O email de resposta, recebido a 12 de Julho, contém um texto que diz que “existiu actualização de horários a partir de 05 de Agosto”. Ora bem, meus senhores, faltam 3 semanas para as alterações!
É também digno de embaraço o facto de os horários serem alterados no pico do Verão. Não há memória de tal. Será porque as pessoas estão de férias, as empresas estão encerradas, os políticos estão de férias e, como é Verão, ninguém repara?
O problema, meus senhores, é que no Douro repara-se, e muito.
A amigos meus, a CP assegura que o facto de desaparecerem 2 de 5 comboios em cada sentido no Douro e a partir de 5 de Agosto se deve a um “erro de pesquisa”. Então, o email-modelo recebido, já a contar com esse “erro”, é o quê, meus senhores?
Mentir é feio.
Para contextualizar, é de recordar que a linha do Douro padece da falta de comboios há muitos anos. Há mais de 10, há mais de 15, talvez 20.
É, pois, escusado, andarem a empurrar o problema com a barriga.
Uma brisa de ética
Paulino Ascenção é um dos sete deputados eleitos pelos círculos eleitorais da Madeira e dos Açores que, de acordo com a investigação do Expresso, são reembolsados por viagens que não pagam.
Pelo PS, estão envolvidos o líder da bancada socialista, Carlos César e os deputados Lara Martinho, João Azevedo Castro, Luís Vilhena e Carlos Pereira, enquanto pelo PSD o parlamentar Paulo Neves. [TVI24]
O deputado do BE deu o exemplo e só tenho a agradecer por ainda haver quem não assobie para o lado perante um escândalo. Só falta os senhores do PS e do PSD saírem pela porta da frente perante a falta de ética com que, por vezes, enchem o seu discurso.
Postcards from Greece #63 (Corfu)*
Postcards from Greece #65 to #67 (Thessaloniki)

Postcards from Greece #64 (Corfu)
«Maybe it’s not about the happy end, maybe it’s about the story»
Postcards from Greece #62 (Corfu)
«What are you doing here? It’s winter!»
Postcards from Greece #61 (Ioannina)
A cidade ao pé do lago
Postcards from Greece #60 (Ioannina)
The island without a name
Postcards from Greece #57 (Kavála)
«Where are you from?»
Postcards from Greece #54 to #56 (Kavála)
Postcards from Greece #50 & #51 (Lagkadás)
It is all Greek to me
Postcards from Greece #48 & #49 (Edessa)
A Cidade das Águas
Postcards from Greece #46 & #47 (Edessa, Aridaia, Nótia, Foústani, Perikleia, Archaggelos)
As cerejeiras de Archaggelos, dentro de uma nuvem e a verdadeira Macedónia
Postcards from Greece #44 & #45 (Thessaloniki)
«Como me tornei sociólogo» ou «My first job»

Postcards from Greece #43 (Thessaloniki)
«Valeu a pena ter vivido o que vivi…»*
Postcards from Greece #41 & #42 (Galátista)
É também uma manifestação de resistência…
… explica-me a R., a propósito da ‘Kamila’, uma festa traditional que, ao contrário do que eu pensei quando me falaram dela inicialmente, dada a data (6 de janeiro), nada a tem a ver com o natal. Estávamos em Galátista, onde vive a minha outra colega, exatamente para que eu assistisse à Kamila. Ontem esteve mais um dia maravilhoso, cheio de sol, e quando chegámos à aldeia, devia ser meio dia, já o cheiro da carne grelhada, tão típico da Grécia, enchia o ar. Fomos subindo a rua, passámos a pequena igreja e entrámos no largo principal da aldeia. Estava muita gente, mesmo muita, numa confusão de cumprimentos, risos, música e o cheiro mais evidente que nunca da carne a grelhar em assadores à volta do pequeno largo. Encontrámos a M. e a filha e o marido e mais umas quantas pessoas. No meio do largo, três cavalos entravam deslumbrantes, faziam umas piruetas e desapareciam. Depois entraram 3 músicos, dois flautistas e um tocador de bombo e os dançarinos, muitos, homens e mulheres, vestidos de trajes tradicionais. Os homens com as camisas brancas compridas atadas à cintura com uma faixa preta e, por cima, um lenço vistoso. As mulheres com os mesmos lenços vistosos à cabeça ou aos ombros, saias compridas e blusas a condizer, bem maquilhadas e bonitas para a festa, pois então. Todos, homens e mulheres traziam pequenas garrafas de ouzo ou tsipouro e dançavam com elas nas mãos. E bebiam delas, pois claro! O barulho era intenso, como só os sul europeus sabem fazer, em dias de festa, ou em outros, vá, quando se junta muita gente alegre.
Postcards from Greece #40 (Néoi Epivátes)
‘It’s a different kind of happy…’
Postcards from Greece #38 to #39 (Thessaloniki)
‘T’as dejá tout vu’
Postcards from Greece #35 to #37 (Thessaloniki)
אמא של ישראל
Postcards from Greece #34 (Thessaloniki)
‘Thessaloniki: many stories, one heart’
Postcards from Greece #33 (Galatistá)
Todas as aldeias têm o mesmo cheiro
Postcards from Greece #32 (Thessaloniki)
Não sei onde vão os pássaros ao por do sol, em grandes bandos
que avisto daqui da minha breve varanda em Salónica. Todos os fins de tarde em que estou em casa assisto à dança dos pássaros, centenas deles, voando em grupo ao por do sol, dirigindo-se não sei bem para onde. Nunca soube onde vão os pássaros, nesta azáfama ao por do sol, em parte alguma. É, no entanto, uma coisa digna de ser vista, sobretudo por cima da igreja de São Demétrio aqui em frente e, sobretudo, recortando-se contra o céu que se tinge de cor de laranja ao mesmo tempo que as antenas de televisão.
Postcards from Greece #31 (Thessaloniki)
Tudo estava calmo esta manhã, após a agitada noite de ontem
Postcards from Greece #30 (Thessaloniki)
Potentially violent demonstrations
(fotografias tiradas daqui e daqui)
Postcards from Greece #28 & #29 (Thessaloniki)
‘We are not lucky, it is a right…’

Comentários Recentes