Reestrutura-te ou morre: o colapso anunciado do projecto europeu

UE

O projecto europeu está moribundo e recomenda-se cada vez menos. Refém de burocratas pagos a peso de ouro, alguns deles não sufragados e controlados pelos interesses das principais praças financeiras e grandes corporações, esse sonho que dá pelo nome de União Europeia já viveu melhores dias. A crise das dívidas soberanas de países que há muito perderam boa parte da sua soberania e consequente imposição de planos inúteis de austeridade cega, verdadeiros atentados ao crescimento da periferia e à sustentabilidade das próprias dívidas, veio aprofundar ainda mais o fosso entre as duas Europas que, desde o início, era sabido, sempre andariam a velocidades diferentes. O ressuscitar dos velhos fascismos, da Hungria à França, a ameaça do Brexit, com a qual Bruxelas lida com uma condescendência sempre negada aos desgraçados do sul, a crise na fronteira a leste e a incapacidade de lidar construtivamente com a vaga de refugiados sírios são sinais de que algo não está bem com a construção de uma união cada vez mais desunida. O risco de fragmentação é iminente e já poucos o conseguem negar.  [Read more…]