Portugueses extraordinários

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A Notícias Magazine de domingo foi a melhor de sempre, na minha opinião.
Não nos falou de gente VIP no sentido de serem figuras públicas, ricos, atrizes, cantores, estilistas, políticos ou gente famosa. Conhecemos, nesta edição da revista, «Very Important People», porque se entregam aos outros. Porque se deixaram mudar de vida (alguém os fez pensar profundamente) e mudam a vida de tantos… pequenos, graúdos, reclusos, doentes, idosos sós, crianças doentes.
Parabéns a todos, como o João Sá, que pensam que a crise não pode paralisar-nos e que temos que ultrapassar as dificuldades, olhando em frente; parabéns à Maria G. que usa o râguebi para “esbater as diferenças” e ensina que todos precisamos uns dos outros; «bem-haja» às Marílias que se julgam ricas por «somente» despertarem um sorriso numa criança; a todos os «Joaquins» que não desistem e arranjam maneira de servir duas refeições por dia a quem não tem o que comer; um especial abraço a todos os doutores-palhaços que enfiam o seu Nariz Vermelho numa Operação que corta a dor, ainda que por momentos, de centenas e centenas de crianças hospitalizadas; obrigados, Bernardo, por se dar «ao trabalho» de angariar 1 euro de cada vez para “mudar vidas” (parece simples).
A lista é interminável de portugueses que fazem o bem em silêncio. Isto deve deixar-nos cheios de esperança. Há gente boa e generosa.
Ficou-me uma frase de Helena Pina Vaz que espero não esquecer: “Indignação e ação. Uma não faz sentido sem a outra”. Com esta gente, é Natal todos os dias.

O Nariz Vermelho

Os nossos doutoresJá lá vão 10 anos…

Parabéns Operação Nariz Vermelho!

Hoje, no Jornal de Notícias, Beatriz Quintella fala deste projeto que deu à luz e que teve como ponto de partida um artigo que leu em 1993 sobre o trabalho dos Doutores Palhaços que visitavam crianças hospitalizadas nos Estados Unidos.

Já foram muitos sorrisos, muitas crianças que, por instantes, esqueceram a dor e o medo. O trabalho destes doutores palhaços é fundamental, mesmo que demore a chegar aquele sorriso no menino calado, de ar carrancudo e que se coloca sozinho a um canto. (Pode apoiar este projeto aqui).

Penso também nos outros meninos e meninas que, não estando doentes, já sofrem que chegue. Possamos nós, gente comum, dar-lhes um pouco de alegria, tornar-lhes a vida um pouco mais fácil. No nosso dia-a-dia, no nosso trabalho…

Às vezes passa-me pela cabeça, mas não concretizo, tenho vergonha, poderão pensar que endoideci de vez: «e porque não trazer um nariz vermelho no bolso e colocá-lo no momento certo para aquele aluno que não há maneira de sorrir?». « – Não é Carnaval…».

O riso falta também na sala de aula…