Fernando Medina, Ana Catarina Mendes, Mariana Vieira da Silva e até Duarte Cordeiro. E, claro, Pedro Nuno Santos. Todos eram falados, todos podiam suceder a Costa. Até que o tsunami aconteceu e o discreto José Luís Carneiro emergiu.
Medina Zero
O estranho caso do IVA zero tem tudo para dar em nada.
Em Espanha correu mal. Teve, tal como a própria taxa de IVA, impacto zero na vida do cidadão comum.
Aqui tudo parecia encaminhado para não se cometer o mesmo erro. Fernando Medina, não há muito tempo, achava que o caminho não era por aí:
Isto foi há três semanas.
Três semanas. [Read more…]
Ganância, o motor da inflação
A frase é de Paul Donovan, CEO da UBS Global Wealth Management.
E deixa igualmente claro aquilo que já todos sabíamos: o principal motor da inflação é o aumento do lucro de certas empresas, que compensam as suas perdas explorando os consumidores.
Os senhores feudais do BCE, reunidos em retiro numa pequena povoação finlandesa, parecem ter chegado à mesma conclusão. Dizem as más línguas que, entre uma sessão de meditação e o chá das cinco, alguém terá apresentado um PowerPoint que revelava um aumento dos lucros de algumas empresas, de certos sectores, quando o expectável seria uma diminuição. [Read more…]
O passado bolivariano de Aníbal Cavaco Silva
O ano é 1980.
Aníbal Cavaco Silva é o jovem Ministro das Finanças de Sá Carneiro.
Entre outras medidas, de um pacote destinado a combater a inflação, conta-se esta:
Fixação dos preços dos bens essenciais
O nosso Aníbal já era bolivariano ainda o Chávez era uma criança.
Já a direita chalupa está onde sempre esteve: a alucinar com comunismos que não existem. Fazia-lhes bem, ficar sem os meios de produção durante uma semana ou duas.
De Espanha chega o aviso….
O jornalista António Moura, na sua página de facebook, abordou quatro artigos do El Pais deste fim de semana, citando-o:
“Quatro artigos do El País de hoje (título+introdução) sobre os tremendos problemas com que estamos confrontados. Não, não é so em Portugal! E, estes sim, são problemas graves. Pode ser que a minha geração escape ao tsunami que aí vem… Mas as gerações que vêm atrás vão-se lixar, e muito, a menos que se mude o paradigma económico. Lê-se no primeiro artigo que “a crise orçamental dos Estados” é uma das causas. Mas a mim parece-me que o problema de fundo reside na própria natureza do sistema capitalista, crescentemente iníquo. Há um problema grave com a distribuição da riqueza.
1 — Estado de bienestar: historia y crisis de una idea revolucionaria: La idea de proteger al ciudadano desde la cuna hasta la tumba está en apuros. Una de las causas es la crisis presupuestaria de los Estados, con una población envejecida sostenida por menos trabajadores en peores condiciones.
2– La sufrida clase media-baja es cada día menos media y más bajaLa tenaza económica aprieta a las familias modestas: los Ruiz-Medel aguantan recortando gastos gracias a la estabilidad laboral. Los Pardal-Pérez acabaron ahogados en deudas y pidiendo comida.3– La masiva manifestación por la sanidad en Madrid se revuelve contra AyusoLos manifestantes, 250.000 según la Delegación del Gobierno, protestan contra el “empeño” del Gobierno regional en “desmantelar” la atención primaria y en apoyo a la huelga de médicos de familia y pediatras.4 — Europa discute cómo se jubilan sus ciudadanosEl envejecimiento empuja a los países del continente a aumentar la edad de retiro. Los sistemas de pensiones son muy diferentes, pero todos comparten el reto mayúsculo de acertar en los cambios para ser sostenibles- Europa discute cómo se jubilan sus ciudadanos.
Luís Montenegro: do México, com amor
“Não vou descansar um único segundo. Deixem-me só acabar este Mojito.” pic.twitter.com/XzlgxL7KXc
— volksvargas (@volksvargas) January 3, 2023
“O PSD não terá um segundo de descanso.”
Alguém ponha o Carlos Moedas a funcionar, perdão, a aquecer, que o PSD precisa de reforçar o sector da atacante.
Livre circulação de capital
Há uma crise que se agiganta, sem paralelo na história recente, porque afecta todo o planeta, não apenas uma região, e porque vai para lá de dívidas e bolhas, atingindo também a capacidade dos povos mais prósperos de se alimentar e aquecer no Inverno que começa a chegar. Para não falar na fome e na miséria que alastrarão com maior intensidade nas zonas mais pobres do globo, provocadas pela escassez que resulta – também mas não só – do bloqueio que impede a saída de cereais e fertilizantes dos portos ucranianos.
Entretanto, numa realidade paralela, tipo aldeia gaulesa que resiste não às investidas romanas, mas às da crise internacional, o capital flui livremente, ainda que em circuito fechado, para os bolsos dos mesmos de sempre. Wall Street é o seu nome e Outubro foi o seu melhor mês desde… 1976.
Credit Suisse e Deutsche Bank à beira do colapso porque a maralha voltou a viver acima das suas possibilidades
Crescem as suspeitas de que o Credit Suisse e o Deutsche Bank estarão à beira do colapso. E que o eventual colapso, apoiado na queda abrupta do valor das acções (as do Credit Suisse caíram cerca de 75%, desde Fevereiro de 2021) e na subida à pique dos credit default swaps, para valores superiores aos registados durante a crise de 2008, poderá ter consequências mais desastrosas que a queda do Lehman Brothers.
Lembram-se da queda do Lehman Brothers?
Foi aquele banco americano, ícone maior da superioridade do extremo-capitalismo neoliberal, que se desmoronou e levou com ele a economia mundial. Ou, traduzido para conservador-liberal, o Sócrates a governar e o povinho a comer bifes à maluco. A tradução para facho é parecida, basta acrescentar o termo “vergonha” em qualquer ponto da frase.
[Read more…]Marxismo liberal
Até a liberalíssima Holanda se prepara para taxar os lucros inesperados das energéticas e limitar aumentos futuros no preço do gás e da electricidade. Ou, traduzido para o idioma da direita radical portuguesa, “Venezuela”.
Sim, leram bem: Mark Rutte, líder do paraíso fiscal no centro da Europa, quer taxar lucros excessivos e fixar preços administrativamente, em total desrespeito pelo “mercado livre” (lol) e pela mão invisível do Adam Smith.
A direita portuguesa e o os “socialistas” (mega-Lol) estão cada vez mais isolados. E suspeito que não haverá cadeiras para todos no conselho de administração das Galps e das Iberdrolas. É bem feito.
As clientelas de António Costa
Espanha, Itália, Grécia, Roménia, UK e Bélgica foram alguns dos nossos parceiros europeus a anunciar a implementação de windfall taxes sobre os lucros extraordinários das energéticas, decorrentes da actual escalada de preços que resultou da invasão da Ucrânia. A Hungria foi mais longe e visou ainda as instituições financeiras. Da esquerda à extrema-direita, vários são os governos que estão a aplicar este imposto, o que nos diz tudo o que precisamos de saber sobre a inexistência de um critério ideológico na sua aplicação.
[Read more…]O PCP e outras mortes anunciadas
Há pelo menos uns 20 anos que ouço a direita, e também alguma esquerda, anunciar a morte do PCP. Over and over again. E os comunistas lá se vão “aguentando”, com o quarto maior grupo parlamentar num hemiciclo com nove partidos, que eram 10 no início da legislatura, e uma sólida terceira posição no mapa autárquico, só ultrapassado pelos dois partidos que controlam o sistema. Caso para dizer, parafraseando Mark Twain, que mais de duas décadas de notícias sobre a morte do PCP foram manifestamente exageradas.
Do outro lado do espectro temos o CDS, também ele fundador da democracia portuguesa. Esteve na AD, esteve nos dois governos de direita deste século, onde ocupou pastas importantes, tem presença autárquica significativa, ainda que, essencialmente, numa relação com o PSD cada vez mais idêntica àquela que Os Verdes têm com o PCP, e, não há muito tempo, a sua anterior líder, Assunção Cristas, afirmava estar preparada para governar o país.
Cavaco, algures entre o ódio e a mentira
Na ânsia ressentido e ressabiada de atingir o Bloco de Esquerda e o Partido Comunista Português, Cavaco Silva decidiu reescrever a história e afirmar que o governo do Syriza, “arruinou a economia do país”. Sucede que a economia grega há muito que estava arruinada, após anos de desgovernos do PASOK e do Nova Democracia, mais as épicas manobras de engenharia financeira que permitiram ao país, com a ajuda do Goldman Sachs, ludibriar as autoridades europeias para garantir a adesão da Grécia ao Euro. Foi aqui que começou a destruição da economia grega, em 2001, não em 2015, quando o Syriza chegou ao poder. O Syriza é criticável por inúmeros motivos, mas não foi esse governo que destruiu a economia grega. A economia grega estava em frangalhos há mais de 15 anos. Cavaco sabe-o, perfeitamente, mas opta pela fabricação de “factos alternativos” à la Trump. Não surpreende. Este é o mesmo Cavaco que disse ao país que podíamos confiar no BES, dias antes do estouro, e que praticamente insultou uma jornalista que o confrontou com essas palavras. A honestidade não lhe assiste. Nunca assistiu. Nem que nascesse duas vezes.
“Vida digna”, disse António Costa
Entretanto, do alto da sua função de presidente temporário e decorativo da burocracilândia europeia, António Costa quer um salário mínimo europeu que permita uma “vida digna” aos cidadãos da União, enquanto milhares de cidadãos do país que governa, dos sectores mais afectados pela crise, os chamados “não-essenciais” (apesar de essenciais para quem deles depende para comer e pagar as contas básicas), submergem na degradação provocada pelo abandono e pela ausência de soluções concretas, aprofundando a discórdia e a fractura social, a divisão e o confronto, que, em bom rigor, lhe permitem continuar a reinar. Que se desenrasquem, dizem uns. Que morram os velhos, dizem outros. Que triste enfrentamento, penso eu. E que excelente oportunidade de capitalizar com o sofrimento e a revolta, afirmará o neofascista de serviço, enquanto esfrega as mãos e se passeia, aos saltinhos de coelho-anão, por entre a merda que espalhou por todo o lado.
Um inferno português…
A ideia que Holanda e Irlanda são paraísos fiscais, deixa implícita a existência, por simples oposição ao conceito de paraíso, que existirão infernos fiscais. Nada impede os que acusam tais países de concorrência desleal, de passarem a defender que os seus próprios países concorram com os demais. As empresas não são corpos estranhos, seguem a lógica das pessoas, porque até ver, por muito que recorram à robótica ou inteligência artificial, ainda são dirigidas por pessoas. Se um cidadão não encontra condições para se desenvolver numa localidade, desloca-se, de cidade, região, por vezes até de país, emigra. As empresas é igual. Cabe aos governos atraírem investimento, inteligência e capitais, para isso precisam ser concorrenciais. Agilizar processos e baixar impostos. Não acusem empresários de mudarem a sede das empresas, acusem o governo de não ter uma política fiscal que as mantivesse em Portugal. [Read more…]
Todos os empregos importam, mas há empregos mais importantes que outros…
Causaram indignação as palavras do CEO da padaria portuguesa. Já se sabe que o rapaz tem dificuldade em passar a mensagem, que nem interessou muito à maioria, ávida por bater no mensageiro. Era o que faltava um patrão ter dificuldade em pagar salários ou ameaçar despedir. O governo já indicou o caminho às empresas, endividem-se e logo se vê. A conta há-de chegar.
A cereja em cima do bolo para a turba que exulta com o aproveitamento da crise que atravessamos para promover a sua agenda ideológica, foi a graçola do primeiro-ministro dirigindo-se ao líder da Iniciativa Liberal, sugerindo que mudasse o nome para Iniciativa Estatal, a qual mereceria logo ali a resposta que após impor restrições aos portugueses, António Costa faria bem promover a mudança de nome do partido que lidera para Partido Fascista. [Read more…]
Covid-19 – apoios governamentais às empresas e protecção dos direitos dos trabalhadores
Ricardo Paes Mamede
Estive em reunião durante a manhã e ainda não tive tempo para analisar em detalhe as medidas anunciadas pelos ministros das Finanças e da Economia. Mas uma dúvida me surge desde já. Será possível que o governo não preveja nenhumas condições para as empresas que vão ter acesso aos apoios financeiros? Em particular, quem recebe apoios não tem de assumir compromissos quanto ao não despedimento dos trabalhadores?
Note-se que há vários motivos para os Estados apoiarem as empresas numa situação destas, uma delas é minimizar os despedimentos motivados por falta de liquidez. Se as empresas vão receber apoios sem terem de se comprometer com o pagamento de salários e o não despedimento de trabalhadores, já se está a ver o que vai acontecer: muitos oportunistas (e há-os aqui como em qualquer lado) vão pedir apoios, despedir trabalhadores e declarar falência de seguida. Para a sociedade como um todo o que teremos é mais desemprego e mais dívida pública. [Read more…]
Aquele momento em que o mundo ficou um local mais perigoso
Trump says US will withdraw from nuclear arms treaty with Russia
Experts warn of ‘most severe crisis in nuclear arms control since the 1980s’ as Trump confirms US will leave INF agreement [The Guardian]
Eis a contribuição do maluco com bigode saído de um filme de cowboys, John Bolton, caucionada por Trump, o santo padroeiro de O Dinheiro Primeiro.
Quero ver o que é que vão fazer com esse dinheiro todo depois de rebentarem com isto tudo.
“10 anos depois está quase tudo por fazer”
Ricardo Paes Mamede, esse Ladrão de Bicicletas.
O mito do emprego
A ler, no “Ladrões de bicicletas“.
“Para quem se exalta com que o que se passa no emprego em Portugal, conviria olhar para o gráfico [seguinte]” João Ramos de Almeida
Quando convidam a bactéria para falar sobre a doença
As questões judiciais relativas a José Sócrates serão resolvidas pelos tribunais. Os actos reprováveis que possa ter cometido ficam com a sua consciência. O Núcleo de Estudantes da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra é livre de convidar quem muito bem entender e, apesar de tudo, faz mais sentido que um antigo primeiro-ministro dê uma palestra do que partir do princípio de que o desempenho desse mesmo cargo habilita qualquer um a ser professor.
Por mim, já ouvi José Sócrates vezes suficientes para saber que é desonesto, indefensável e que tem uma voz desagradável, mas sobretudo que faz parte de um conjunto de políticos europeus que, subordinados a interesses privados, têm contribuído para a ruína de uma Europa que deveria perseguir políticas sociais e económicas amigas dos cidadãos. Convidar José Sócrates para falar sobre o projecto europeu é, portanto, o mesmo que dar a palavra a um dos agentes das doenças que andam a corroer esse mesmo projecto há anos, o que, no fundo, faz sentido: quem não gostaria de ouvir o que o bacilo de Koch teria a dizer sobre a tuberculose?
De qualquer modo, reconheça-se coerência ao Núcleo de Estudantes da Faculdade de Economia da Universidade de Coimbra ao dar voz a quem defende ou pratica ideias que atentam contra o projecto europeu: Sócrates é o quinto orador neste ciclo de conferências, depois de Passos Coelho, Teodora Cardoso, Marques Mendes e Jorge Coelho.
Jornais para quem não lê
Marcelo fala na crise dos jornais como se não soubesse o que se passa. Mistério? Não. É que, dado o perfil das pessoas que ainda compram jornais, é natural que os compradores-leitores, sejam quais forem as suas opções políticas, tenham critérios de exigência de qualidade que nenhum – rigorosamente nenhum – jornal português minimamente satisfaz. Os poucos colaboradores de qualidade que ainda por eles andam são cada vez mais insuficientes para legitimar/compensar os desmandos. É que a maioria dos jornais, hoje, pretende dirigir-se a leitores que…não lêem. Nem jornais nem outras letras.
Maria, entre o despejo e a morte, escolheu a morte
Rita Silva
A 6 de Março Maria suicidou-se. Dia em que iria ser despejada por prestações em atraso ao banco, agentes de execução de uma ordem de despejo e militares da GNR encontraram-na em casa sem vida…
O que enfrentava Maria, será sempre difícil de saber, mas podemos, pelo menos, tentar avaliar algumas questões, duríssimas, que se colocam perante uma situação tão violenta como esta.
O sentimento de culpa de quem contraiu uma dívida e não a paga. Responsabilizada por ter contraído um crédito e parecer que é uma escolha sua comprar casa – apesar de toda a política ter direcionado, senão obrigado, as pessoas a fazê-lo, pois o arrendamento não era (nem é) alternativa. Ter assinado um contrato que atribui toda a responsabilidade a quem o assinou (e aos fiadores, muitas vezes familiares, com tudo o que isso implica). Não honrar o pagamento de um crédito é motivo de censura, mesmo que o que se ganha deixe de ser suficiente para pagar. Quem não pague as suas dívidas é culpado, assim prevê a sociedade disciplinadora da dívida, por onde tudo hoje passa. [Read more…]
Temos contas para ajustar, senhores banqueiros
Caros banqueiros deste nosso Portugal, temo apresentar-me perante vossas excelências como portador de más notícias. Tudo indica que os senhores andaram a viver acima das vossas possibilidades, apesar do péssimo trabalho que vêm desenvolvendo, o que levou a que fôssemos forçados a disponibilizar-vos uma considerável fatia das nossas parcas economias, pelas quais pagamos juros altíssimos, sem falar em todos os cortes e aumentos de impostos que vieram por arrasto.
Vai daí, e depois de tantos anos a sustentar os vossos Bentleys, Rolexs e Zegnas, as vossas “férias” nas Bahamas e no Panamá, as vossas viagens de “negócios” para o Luxemburgo e para a Suíça e os casamentos de luxo das vossas filhas, chegou a hora de fazermos contas e de pagarem o que nos devem. Como somos gente de bem, pacífica e sensata, seremos magnânimos e garantiremos, a todos vós, um salário mínimo e uma habitação social numa localização à vossa escolha. Se milhares de portugueses conseguem sobreviver, alguns com muito menos, vocês, habilidosos que são, também vão conseguir. Depois é uma questão de empreender e, num ápice, estão de volta à casa de férias na Comporta. O resto, pelo menos até que o vosso calote seja saldado, é nosso. E mesmo assim não deve chegar.
Tu sabes quem eles são, não sabes?
É claro que vai haver uma nova crise, Pedro. E não, não se tratam de “vulnerabilidades financeiras e económicas na Europa e na zona Euro“. Não te faças de parvo que tu sabes, ou pelo menos devias saber, que tudo se resume a um conjunto de porcos que, de quando em vez, decidem chafurdar mais do que devem e muito mais do que precisam.
Depois é vê-los desfazer a economia, até ao osso, sem dó nem piedade, e com aquele brilhozinho sádico nos olhos. Não estás a ver? O Brick Top explica. Os porcos limpam tudo, é uma questão de tempo.
Tu sabes quem eles são, não sabes?
Imagem: High Society@Bright Side
Deram-nos cabo da saúde
Truques à parte, que isto da engenharia informativa político-partidária é já um fenómeno descontrolado, quero focar-me na parte verdadeiramente preocupante desta peça do Expresso. Na sequência da onda de terrorismo financeiro que culminou com o crash de 2008, a que se seguiu o advento da austeridade fundamentalista e contraproducente, o número de portugueses sem recursos para pagar consultas médicas triplicou. Os dados são da Comissão Europeia e confirmam o agravamento da desigualdade, num país onde a mesma não parou de crescer durante os anos do fundamentalismo além-Troika, sendo que os mais afectados, como não poderia deixar de ser, foram e continuam a ser os mais pobres. [Read more…]
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