Rosalino é sintrense, da terra de queijadas. Umas com qualidade, outras sem ela. Depende do fabricante, dos ingredientes e até da inspiração do pasteleiro.
O que acontece com o processo de fabrico das queijadas é semelhante ao que pode suceder no progresso etário, social e político de alguns indivíduos. Às vezes, saem azedos, prepotentes e ufanam-se de poderes que, no passado, jamais imaginaram alcançar. Rosalino, amanuense, tipo Sousa Lara que pensou ter punido Saramago, é mais uma daquelas figuras burlescas, de espírito serventuário. Ingressou no Banco de Portugal (BdP) e então atingiu o zénite.
Com efeito, o banco central é o habitat natural de quadros da índole de Cavaco Silva, Oliveira Costa, António Borges, Vítor Gaspar e outras sinistras e arrogantes figuras. Por outro lado, mantém uma equipa de segundo plano; os tais amanuenses, tipo Rosalino, que, uma vez chamados a funções governamentais, encarnam a alma e o poder de Alexandre III da Macedónia, o Grande ou Magno, respeitando com fidelidade o pensamento aristotélico.
Comentários recentes