O machismo brasileiro de cada dia

A COPA mal começou já trouxe outro 7 x 1 ao Brasil; mostrou que o macho branco brasileiro pode ser um verdadeiro estupido e machista até mesmo em terras estrangeiras.

Eu não surpreendi com vídeo dos brasileiros brancos classe media fazendo a russa repetir a cor do seu órgão sexual. A masculinidade no Brasil é construída assim: o homem tem o direito de molestar.

Os dados estatísticos sobre violência à mulher revelam que ela aumentou e muito no mundo todo. No Brasil até a população se deu conta. Ao assistir telejornais brasileiros todos os dias há notícias de feminicídios. Homens que matam companheiras e os próprios filhos.

Veja alguns desses dados abaixo ou pesquise sobre feminicídio no Brasil.

Mas afinal quem é o problema do homem brasileiro? (Quiçá do mundo todo?).

A cultura da masculinidade calcada na misoginia, machismo, lgbtfobia, feminicídio e racismo fazem do homem brasileiro um potencial agressor.

Os torcedores que protagonizaram as cenas gravadas ao mundo todo estão agora (talvez) sofrendo as consequências do próprio machismo.

Comments

  1. Augusto says:

    Então porque é que usa expressões brasileiras na sua peça ? Ah ! Já sei… Nem deu por isso…

  2. MConsuelo says:

    e veado…

  3. Fernando Manuel Rodrigues says:

    Será que a culpa é dos “colonialistas” portugueses? Se calhar… O Sr. Sotero parece que se esqueceu de atribuir as culpas aos “tugas” desta vez.

    Já agora, e acerca da sua última frase: “Ao assistir telejornais brasileiros todos os dias há notícias de feminicídios. Homens que matam companheiras e os próprios filhos.”…

    Quer-me parecer que se esqueceu de muita coisa. Fazendo fé nas estatísticas conhecidas, homicídios é o que não falta em terras de Vera Cruz. Há-os em abundância e para topdos gostos, infelizmente. Por isso, parece-me que a cultura de violência extravasa em muito (infelizmente) o machismo, que será talvez um problema menor, em face dos problemas maiores da violência, da desigualdade (a verdadeira, não a das “orientações sexuais”) e a corrupção.

    Se fosse a si, começava a preocupar-me com esses problemas.

  4. Pretor says:

    Em Portugal é diferente? Nunca reparei que fosse…

  5. Paulo Marques says:

    A culpa é do politicamente correcto, claro. Ah, e do Lula.

    • Fernando Manuel Rodrigues says:

      Do Lula, não sei, mas do politicamente correcto pode crer. Este Sr. Sotero é um PC militante, e o artigo acima é mais do mesmo (colheu dois ou três vídeos idiotas feitos por brasileiros idiotas, e vá de aviar chavões acerca do “machismo”).

      • Paulo Marques says:

        O PC é fodido, antes um gajo podia apalpar a mamuda do trabalho, agora nem assobiar pode. Fdx, como é que o macho ibérico sobrevive? Já nem na praxe se pode meter as putas no lugar.

        (é melhor dizer que é sarcasmo, se não havia muita gente a concordar comigo com quem não quero associação)

  6. Bento Caeiro says:

    “Mas afinal ‘quem’ é o problema do homem brasileiro? (Quiçá do mundo todo?)”

    Se ainda não tem uma resposta para isso, ou a resposta que dá assenta nos usuais chavões, utilizados por uns para atacar os outros, porventura, na esperança de virem a ocupar o seu lugar – como é o caso do discurso machismo-feminismo da confraria do politicamente correcto – então não me parece que este tipo de artigos sirva para alguma coisa: antes pelo contrário.

    O problema não está no homem brasileiro, português ou outro; o problema está nas pessoas e na forma como as sociedades surgiram e se desenvolveram: como sabemos foi em torno do homem que aquelas se formaram; o qual, assumindo naturalmente o poder, impôs as suas características à mesma.
    Contudo, não se pense que o contrário seria melhor – com Lulas e Dilmas, como sabemos, quem manda são os tubarões e quem sofre é o povo – de homens e mulheres.
    Então para, aparentemente, colmatar essa situação, surgiram os vários bandos da confraria do politicamente correcto. O bando feminista, comandadas por algumas sequiosas de poder, não se importam de instrumentalizarem as outras mulheres para adquirirem – mesmo que seja por quotas – posição, estatuto e privilégios e, desta forma, como elas dizem, serem iguais aos homens.
    Mas em que é que isto adianta para o desenvolvimento da sociedade, enquanto tal? Disto, já a mesma está amplamente servida – veja-se o que se passa nas empresas e na sociedade, mesmo, entre os homens.
    Amigo, falemos em pessoas e, se assim for, talvez consigamos alguma coisa – de contrário … blá blá blá

    • Paulo Marques says:

      “O bando feminista, comandadas por algumas sequiosas de poder, não se importam de instrumentalizarem as outras mulheres para adquirirem – mesmo que seja por quotas – posição, estatuto e privilégios e, desta forma, como elas dizem, serem iguais aos homens.”

      Pois, se dependesse do Bento… ver comentário acima.

  7. Ana Moreno says:

    Oi Sotero, lamento tanto comentário oco. Há muita gente, neste caso homens, que pelos vistos não gosta de ouvir verdades.
    A estatística fala por si e é sempre bom relembrar.

    • Bento Caeiro says:

      Ana, a estatística é aquela história do frango que, servido para dois, apenas um deles come – resultando daí, como sabe, 50% para cada.
      Ana, tenho consciência da sociedade em que vivo e da forma como se chegou até aqui, e não encontra maior defensor da situação das pessoas – mulheres e homens -, com regras que assentem na competência e no desempenho. Daí não ser apologista de sistemas assentes em compadrio, antiguidade e quotas. Como tal tanto critiquei e lutei contra situações de compadrio em acesso a lugares e promoções, como o acesso pela competência na horizontal – ou acha que não existe?
      A luta pelo lugar ao sol, na floresta que nos rodeia, como sabe, não tem sido fácil para aqueles que não nasceram em situações de privilégio (tanto homens como mulheres – daí, também, que cada tenha desenvolvido os seus métodos), mas, para haver conquista tem de se ir à luta e não acantonar-se em determinado lugar e ter como modo de agir simplesmente o exigir.
      Também sabe, certamente, que o poder não se dá nem se pede, tem de ser conquistado e para isso tem de se ir à luta e mostrar que se vale tanto ou mais que o outro – coisa que a maior parte das pessoas não fazem (mulheres e homens).
      Felizmente, trabalhei muito tempo numa grande empresa, onde as carreiras, os vencimentos e as regras eram as mesmas para todos – mulheres e homens; contudo, sendo as oportunidades idênticas para todos, observei muita omissão – tanto em homens como em mulheres; mas também observei muito oportunismo e golpismo – tanto em homens como em mulheres -, e uma coisa sei, neste campo, são iguais, as armas e os argumentos é que, a maior parte das vezes, são diferentes.

      • Paulo Marques says:

        Não tem nada a ver com isso, tem a ver com https://www.reddit.com/r/AskReddit/comments/4s5evb/serious_women_of_reddit_whats_the_hardest_thing/ ou https://www.reddit.com/r/AskReddit/comments/6g3y3g/women_of_reddit_what_innocent_behaviors_have_you/ e perceber que isso é o dia a dia das mulheres. “Só” isso.

        “I was about 12 or 13 and at a friends house, playing in the pool in her backyard with her and her cousins. A guy kept coming and staring over the fence at us, making highly sexual comments about us and our bodies. Her mom pulled us inside and lectured us about how we weren’t being careful!

        It’s one of those moments when I think my childhood really ended. We went from playing really innocently, to having to be self conscious about ourselves in one afternoon. After that, we went back to play, but we were all super shamed of our bodies and it just felt like we didn’t belong to ourselves. None of us could just go and act like kids again.”

        “Ugh, I was at the gas pump a couple of weeks ago and a guy in a truck drove around me twice before he decided to hang out the window and scream, “Hey beautiful, you look like you want my tongue in your asshole” and then held his fingers up to his mouth and stuck his tongue out repeatedly, and then continued to mumblemumblemuble as he drove away. Prior to that I had been having a lovely morning and was in my own little world just enjoying the day, but this jarred me into reality, where my knee-jerk reaction was that I had unwittingly done something to provoke such an aggressive outburst; I was wearing a new shirt on it’s maiden voyage into the world, and though it didn’t appear see-through in the dressing room or at home I had the sudden fear that perhaps it looked different in the bright sun, that it HAD to be something like that I had overlooked or he wouldn’t have bothered me.”

        “I live in NYC. I live in a pretty good neighborhood in an outer borough. I’ve been catcalled a ton, been spoken to unprompted by strange men, had holes bore into the back of my head by hungry stares. And I’ve dealt with it. Dealt with the discomfort, the anger, all the feelings that come along with random men thinking you want to hear from them, or that it’s not harmful when they holler at you. I never let it make me feel bad about being a woman.

        Two weeks ago, I left my apartment to go to work, I turned onto my block and before I could reach the first corner, a man on a bike rode up onto the sidewalk along side of me and as he slowly pedaled around me he reached out and grabbed my breast. I chased him, I yelled at him, and when he was too far away, I sobbed all the way to work. I filed a police report, but they’ll never find him.

        This behavior towards women is something that will never go away. I’ve never felt so helpless simply for being who I am. I’ve never felt so vulnerable in places where I’ve never let fear control me before. I feel uncomfortable having the feminine body that until that moment I proudly loved.

        Men can say as many times as they like that they don’t engage in that type of behavior towards woman, that it’s wrong, and good- I’m not looking to demonize all men.

        But men need to know that just because they don’t do it and don’t condone it, doesn’t mean it will ever stop. It’s a uniquely female experience and for me it has changed the way I exist in my day to day life. I’m waiting to feel normal again, I don’t think I will though.”

  8. MJoão says:

    Há por aqui cada um!

  9. Elvimonte says:

    “mostrou que o macho branco brasileiro”

    “vídeo dos brasileiros brancos”

    “todos os dias há notícias de feminicídios”

    A transbordar de racismo e sexismo. Abominável.

    Fiquei ainda sem saber se os “feminicídios” eram “branquicídios”, “preticídios” ou “indicídios” e se, para esses lados, um ginecologista será referido como “feminilogista” ou “mulherologista”.

    • Bento Caeiro says:

      Oh Elvimonte, precisas urgentemente de um curso de Linguagem do Politicamente Correcto. A filha do presidente da Assembleia da República, Rita Ferro Rodrigues, anda ou andava pelo Alentejo a dar cursos desses. Liga para ela ou para o pai, certamente terão informações sobre o assunto.
      O presidente da câmara municipal – o tal que quer chamar Museu da Viagem ao Museu dos Descobrimentos – também pode ajudar. Acho que este nome já foi da lavra do bando do politicamente correcto.

      • Elvimonte says:

        Bento Caeiro, debalde o tentei, mas exigiram-me o uso daquelas palas que são apanágio de cavalos e burros. Fiquei desconfiado e pedi certificados de testes de inteligência aos formadores. Ainda hoje, devidamente sentado, claro, estou à espera que mos apresentem.

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