Para que se percebam os discursos, as intenções e as percepções nesta guerra: não há apenas duas realidades, a nossa, a mais próxima da própria realidade e a russa, algo como uma “realidade paralela”.
Há ainda, entre as duas, uma outra zona: a de putin, a da nomenclatura russa. Eles têm a perfeita noção do que aconteceu e do que está a acontecer. Principalmente têm noção do que fizeram e da forma como isso está a “correr”. Não têm qualquer hipótese de não o saber. Nem penso que não o queiram saber.
Agora a maneira como falam e reagem, implica uma opção deliberada pela deturpação dos factos, pela reescrita da história, pelo “wishful thinking”. Isto é, o discurso deles tem dois objectivos simples:
1 manipular a “opinião pública” russa (e o facto de sentirem essa necessidade, dá-nos esperança) e, no limite, dar “argumentos” (risíveis) aos poucos, mas barulhentos “infiltrados” no Ocidente;
2 criar um obstáculo inultrapassável no diálogo entre os dois “lados” porque não é possível conversar com quem não tem mínimos de congruência. Só a tentativa implica, desde logo, uma concessão negocial que os beneficia. Implica aceitar de princípio as bases do inaceitável.
Pois não me digam!
Que o Putin está a tentar manipular a “opinião pública russa!
Tchchchch! Era a última coisa que passaria pela cabeça de alguém!
Palavra que ao saber do fato fiquei mesmo estupefato!
PS. Claro que enquanto os dois “lados” tiverem aspas não vai haver diálogo possível. A armação não os deixa ver pêvea.
Os líderes fazerem propaganda? Ó, pá, por esse não esperava!
Não me diga que também ficou estupefato com o fato!
Gosto muito de como acha que os “nossos socialistas” nos contam tudo. Nem era preciso muito, a surpresa para o Dia da Victória que afinal não existiu, ou o consenso para deixar de comprar combustível que afinal demoraria anos para realizar, que se vai mudando o discurso para afinal é melhor que isto não dure, ao contrário da adesão que, apesar da pompa, é para demorar décadas, etc, etc, etc.
O importante é que sempre estivemos em guerra com a euroásia, mesmo quando lhes vendíamos vistos e fechávamos centrais nucleares para comprar mais gás e carvão.
Quem “acha”? Eu? Ora essa!
“realidades”
Só na sua cabeça
Os palhaços de serviço…
…apresentam-se para cumprir o turno, capitaneados por JgMenos GMOPS (Grão Mestre da Ordem da Palhaçarada Salazaresca).
Que o Quarto Pastorinho os acompanhe em tão gaitosa missão!