A trafulhice feita ideologia

Foto: Esquerda.net

Se a trafulhice fosse só a fotografia propositadamente tirada de forma a dar ideia que estavam presentes muito mais pessoas do que aquelas que realmente estavam, enfim, era demonstrativo, mas não era grave.

Não. A grande trafulhice está na “aparência” que cultivam e ostentam que se interessam por vidas humanas, pela paz ou qualquer outra coisa que lhes possa dar o ar que são uns “humanistas” preocupados. Pior, dão a ideia que se interessam pelos próprios Palestinianos quando, no fundo, se estão completamente a marimbar neles.

Se se preocupassem com vidas humanas, tinham vindo todos para a rua para defenderem as vidas dos Ucranianos. E ao ritmo que o fazem agora devido ao conflito entre Israel e o Hamas (que se iniciou há menos de um mês), tinham sido centenas de manifestações.

Se se preocupassem com vidas humanas, tinha sido um “corrupio” no dia 8 de Outubro, escandalizados com o cúmulo da selvajaria, da barbárie, do terror, do racismo e da xenófobia. 

Não, estes asquerosos trafulhas não estão “nem aí”. Na verdade o que eles unicamente pretendem, é protestar contra Israel, contra os EUA e têm pena de neste caso não poderem incluir a NATO ou o “Passos”. O que lhes interessa é provar um ponto de vista (absurdo, obviamente) que dê a ideia que a ideologia que religiosa e cegamente professam, tem razão de ser (não, não tem, já agora). 

Os desgraçados dos Palestinianos são apenas um pretexto. Uma espécie de “escudos humanos” no debate político. Pobres Palestinianos. Se a estes hipócritas “amigos da onça”, somarmos a enorme solidariedade dos vizinhos Países árabes ou a “ajuda” especial (bens que peculiarmente só servem para a guerra: comida só para “terroristas”, gasolina só para uso militar, medicamentos só para o Hamas, etc.) que outros como o Irão e quejandos dão, para não falar das inúmeras vítimas que o próprio fogo “amigo” faz ou daqueles que foram e continuam a ser sumariamente executados pelo Hamas, percebemos que os únicos actos de cuidado ou preocupação com eles, foram mesmo os avisos para fugirem feitos pelo “inimigo”. 

Pobres dos Palestinianos cuja causa, sinceramente, não me é absolutamente simpática, mas que encontram em Pessoas como eu, muito mais sinceridade, muito mais apreensão e muito mais desvelo que nestes trafulhas que ininterruptamente berram o seu nome.

Comments

  1. JgMenos says:

    Ontem à noite, no Porto, havia mais velas que gente.
    É anti-ocidental? é quanto basta para a canalha se ajuntar!


  2. O mundo a gritar tão alto como nunca contra o maniqueísmo do fardo do homem branco, que nem os vastos subornos conseguem controlar os países árabes, e os minúsculos Carlitos ainda agarrados em convencer alguém que preocupação é atirar ucranianos (e outras liberdades destes) para uma guerra que não podem vender e que matar tudo o que não aceita o apartheid civilizador é carinho.
    Pensar porque é que continua a acontecer inúmeras vezes com o nosso apoio é que não dá.


    • Têm todo o poder, mas gostam tanto de uma suposta democracia e liberdade de expressão só para eles que nem percebem o quanto estão a perder a própria população “civilizada” que deixou de ter um canal único de acesso a uma versão conveniente tão trivialmente desmentida pelos próprios olhos. O hubris é tanto que arriscam a que o proto-fascismo pode deixar de ser a única alternativa viável, por isso, olhem, continuem espumando ódio visceral.

  3. Santiago says:

    O Garcez defende o genocídio, é a única conclusão possível depois desta verborreia asquerosa polvilhada de racismo

    • Carlos Almeida says:

      “O Garcez defende o genocídio ….”

      Claro, mas responder ao liberocas é alimentar a sua imensa vaidade e auto estima.

      Esta é uma resposta ao Santiago, o liberocas nem sequer leio as suas bostas, quanto mais escrever alguma.

      Deixem que o Salazarento JgMenos responda, pois apesar de tudo é mais honesto intelectualmente que o liberocas

  4. Arlindo da Costa says:

    Trafulhice é este post da ideologia do mal.
    O seuy autor devia ter vergonha. A branquear um extermínio em massa, não só de agora mas de há 7 décadas.
    Deve ser do clã dos que fizeram o holocausto nazi, ou do cla k fizeram os gulags soviéticos.

    Como é k há “gente” com esta matriz demoníaca?


    • Não sei porque diz isso, só porque afirma que a causa de auto-determinação dos palestinianos não lhe é absolutamente simpática. Seria interessante admitir porquê.

  5. JgMenos says:

    De onde saiu esta gentinha?
    Li algures que uma nova lei ordenou uma qualquer soltura de alienados…


    • O caro Menos está com soltura? Coma um arroz cozido, “diz que” faz bem.

    • POIS! says:

      Pois é verdade!

      Até porque Vosselência foi libertado na altura.

      E leu bem! Na lista de medicamentos que mandaram à família, vinha lá a lei reproduzida!

  6. Anonimo says:

    Em certas zonas há manifs pro palestina, mas não são mistas. Alguma esquerda devia ter cuidado com a filosofia do inimigo do meu inimigo meu amigo é.
    O resto é entre a real politik e a clubite.
    A mim aplica-se a norma do fcp vs slb: que percam os dois.

  7. José Ferreira says:

    Gostava de ter sido eu a dizer isto sem pedir licença a ninguém…
    Abraço

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