25 Poemas de Abril (XVIII)

A Valsa da Burguesia

É a valsa da burguesia
Tocada bem a compasso
Pela social-democracia
Para nos travar o passo

Umas vistas muito plurais
Sobre a questão sindical
Nós somos todos iguais
Mas quem manda é o capital

Um ar santinho e beato
De vitima inocente
É o bem triste retrato
Dos que querem dar cabo da gente

Socialismo, sim mas pouco
Para não levantar suspeitas
Barafustar como um louco
E alinhar sempre com as direitas

José Barata Moura