PJ na PT procura financiamentos partidários

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Enquanto o CEO Zeinal Bava explicava na RTP os méritos da operação, o chairman Henrique Granadeiro, num jantar em casa de Manuel Pinho, informava o Primeiro Ministro que a operadora tinha negociado a entrada na Media Capital mas que o negócio não se iria concretizar.

O próprio Presidente Cavaco Silva havia pedido explicações sobre o negócio com a Prisa, dizendo tratar-se de uma questão de transparência, isto à hora do almoço. Foi neste contexto que o CEO, com mandato da administração, foi à RTP defender com unhas e dentes o mérito da operação que, o chairman, Henrique Granadeiro, à mesma hora sabia já ter abortado.

Tudo na noite de 25 de Junho de 2009.

A ideia era mostrar ao mercado que a operação não se tinha concretizado mas que fazia todo o sentido para a PT e para os seus accionistas. Para isso, a empresa no dia 23 de Junho tinha enviado um comunicado à CMVM, onde assumia os contactos  com a Prisa e informava que não tinha sido concretizado qualquer acordo.

O tal negócio que Sócrates não conhecia como disse na AR!

Entretanto, a presença dos boys e girls nas empresas públicas é cada vez mais evidente, só quem não quer ver, um jovem de 33 anos (entrou em 2007, tem agora 36 anos) sem qualificações académicas e/ou profissionais chegar a administrador de uma grande empresa como a PT deve ter uma explicação para além de não dizer “não” a Sócrates, há muito quem não tenha essa coragem.

A PJ esteve hoje nas instalações da empresa à procura de evidências de financiamento partidário, contratos, apoios publicitários a determinados grupos, milionários vencimentos, tudo formas de “mamar” nas empresas o que levou ao pedido de demissão do Rui Pedro Soares, que no entanto, não saiu dos quadros da empresa.

Tudo feito a tempo e horas, o desemprego, que não cessa de crescer, não é para boys e girls…