Super-Euros

Imagem retirada de Marca.com

Para quem tanto gosta do mercado livre, da mão invisível, do capitalismo como um todo, da ganância e do crescimento económico, esta ideia de “Super-liga Europeia” deve deixá-lo nos píncaros da felicidade.

Não me venham com “o futebol é do povo”; não, não é. Há muito deixou de o ser. Quando o que interessa no desporto são os financiadores, os patrocinadores, os empresários e os políticos, fica tudo dito sobre a “classe” a que hoje pertence o futebol.

Habituem-se, se já não estavam habituados: o futebol é de quem mais dólares tem na conta bancária, dos milionários das Gazproms e dos oligarcas espalhados por esse mundo fora. O futebol não é um desporto, há muito deixou de o ser; é uma plataforma de troca e venda de pessoas a custos irreais e um negócio rentável para quem mais tem. Enquanto isso, a pobreza grassa, a pandemia acentua a tendência e os mais ricos… bem, os mais ricos mais ricos ficam.

Dito isto, aproveitem bem os benefícios deste bom capitalismo.

Congresso Democrático das Alternativas

O meu desafio este Sábado vai ser outro, sem colisões entre águias e dragões. Essas ficam para os doentes da bola, que entra ou bate  em postes e travessões.  Quem ganhar será campeão, com paraguaios, colombianos, uruguaios, argentinos e brasileiros a manjar o pastelão, de que  o ‘Zé Povinho’ abdica para comer sandes de côdea com pão, regada por uma caneca de verde tinto limiano. Que ajudará à euforia dos vencedores ou causará o engano da alegria aos vencidos.

Sem renunciar ao futebol, e aos amigos que o saboreiam, vou, de facto, a outra luta, das muitas que temos a empreender para correr à força com os filhos da puta.

Programa CDA