Não pagarás a dívida dos outros até porque nem terás dinheiro para isso

José Vítor Malheiros enumera hoje as perguntas óbvias:

Devemos dinheiro a quem? E quanto? Quem o pediu e para quê? Onde está a lista das dívidas? Quem a certifica? Quem a auditou?

Blasfémia. Horror. Leva com um chorrilho de banalidades neoliberais que tem o seu clímax nisto:

 Aquilo que se chamava ataques especulativos eram tão somente investidores a deixar de comprar dívida portuguesa e outros receosos a aceitarem apenas juros mais altos.

Nestas cabecinhas delirantes não existe nenhuma coincidência no facto de o “receio” concertado exigir juros especulativos, de o fazerem simultaneamente em vários países, e fingem que 2008/09 nunca existiu em Wall Street. Foi só o défice, esse mantra ritual dos dividocratas. Calhou, foi uma coincidência, porque tinha de suceder, como se dever dinheiro não fosse na história dos estados tão natural como sempre foi. [Read more…]