Mercenário bom, mercenário mau

No âmbito de uma das suas muitas cruzadas do bem contra o mal, os EUA treinaram e armaram mercenários afegãos, à época freedom fighters ungidos por Deus, Alá, Jesus e Maomé.

Entretanto, a operação no Afeganistão perdeu rentabilidade e os heróis da Marvel foram em busca de outro Thanos, abandonando Cabul da forma digna e airosa que todos pudemos constatar.

Os afegãos da S.H.I.E.L.D., coitados, ficaram sem trabalho. Mas o mercado, que nunca falha nestas coisas, tratou de corrigir a assimetria. Não é que o russo seja um império tão abastado como o americano. Mas se teve recursos para garantir a cumplicidade das democracias liberais durante 20 anos, em princípio também consegue pagar o salário destes jovens desempregados. Deixam é de ser freedom, e passam apenas a ser fighters. Não se pode ter tudo.