Postcards from Greece #41 & #42 (Galátista)

É também uma manifestação de resistência…

 

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… explica-me a R., a propósito da ‘Kamila’, uma festa traditional que, ao contrário do que eu pensei quando me falaram dela inicialmente, dada a data (6 de janeiro), nada a tem a ver com o natal. Estávamos em Galátista, onde vive a minha outra colega, exatamente para que eu assistisse à Kamila. Ontem esteve mais um dia maravilhoso, cheio de sol, e quando chegámos à aldeia, devia ser meio dia, já o cheiro da carne grelhada, tão típico da Grécia, enchia o ar. Fomos subindo a rua, passámos a pequena igreja e entrámos no largo principal da aldeia. Estava muita gente, mesmo muita, numa confusão de cumprimentos, risos, música e o cheiro mais evidente que nunca da carne a grelhar em assadores à volta do pequeno largo. Encontrámos a M. e a filha e o marido e mais umas quantas pessoas. No meio do largo, três cavalos entravam deslumbrantes, faziam umas piruetas e desapareciam. Depois entraram 3 músicos, dois flautistas e um tocador de bombo e os dançarinos, muitos, homens e mulheres, vestidos de trajes tradicionais. Os homens com as camisas brancas compridas atadas à cintura com uma faixa preta e, por cima, um lenço vistoso. As mulheres com os mesmos lenços vistosos à cabeça ou aos ombros, saias compridas e blusas a condizer, bem maquilhadas e bonitas para a festa, pois então. Todos, homens e mulheres traziam pequenas garrafas de ouzo ou tsipouro e dançavam com elas nas mãos. E bebiam delas, pois claro! O barulho era intenso, como só os sul europeus sabem fazer, em dias de festa, ou em outros, vá, quando se junta muita gente alegre.

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