O Equilíbrio do Terror #8 – Lukashenko nuclear

Entretanto, na Bielorrússia, o fim de semana foi de referendo. Com a invasão da Ucrânia em curso, na qual Lukashenko está a participar, e 30 mil soldados russos no território, a garantir que o processo decorre com a necessária “normalidade”.

Surpreendentemente, 62,5% da população votou favoravelmente o fim do estatuto de neutralidade nuclear do país. E digo surpreendentemente, na medida em que era expectável que 99,8% dos bielorrussos estivessem devidamente alinhados com as directrizes transmitidas pelo Kremlin ao fantoche de Minsk.

Perante este resultado, que configura, também ele, uma ameaça ao Ocidente, é meu entendimento que a NATO deverá responder e não ficar de braços cruzados. Se Putin instalar capacidade nuclear na Bielorrússia, talvez não seja má ideia acompanhar a escalada e entrar no jogo da dissuasão. Estou certo que os Estados Bálticos aceitarão, de bom grado, que se instalem uns quantos mísseis no seu território. São Petersburgo está ali ao lado, Kalininegrado também. E Moscovo é já além…