Na célebre entrevista, Manuel Luís Goucha perguntou:
– O seu discurso não cria clivagens?
Suzana Garcia respondeu:
– O meu discurso é o antídoto. Eu sou a expressão do povo.
Os políticos arvorados no messianismo são sempre a expressão de um povo que não consultaram antes de o ser. Seja Garcia, Ventura ou Bolsonaro, cuja taxa de aprovação parece ter batido o recorde mínimo, que ontem exigiu a deposição de um juíz do Supremo, perante um ruidoso coro de adeptos a exigir assassinatos e um golpe de Estado:
– Qualquer decisão do senhor Alexandre de Moraes, este presidente não mais cumprirá. A paciência do nosso povo já se esgotou.
Ontem foi Bolsonaro, amanhã será Ventura e, mais dia, menos dia, irá a jogo o juiz negacionista. O populismo é o novo mainstream.
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