Quanto vale o Vale do Tua

No debate realizado pelo Movimento Civico da Linha do Tua, a 17 de Janeiro de 2009, Livia Madureira, professora auxiliar da UTAD, explora a questão “Quanto vale um Vale Natural?” na medida em que ele é constituído por elementos visíveis (e economicamente valorizáveis) mas também por muitos elementos que não são habitualmente contabilizados.

O Vale do Tua vale pouco quando usamos os indicadores habituais, por exemplo pessoas, riqueza, centralidade“, aliás pode comparar-se o território a uma pequena cidade com população envelhecida e pouca actividade económica, sendo a que existe relativamente frágeis (agricultura e serviços públicos)

Para além disso é uma comunidade com pouca voz na medida em que o território está fragmentado por diversas unidades administrativas, e para haver uma abordagem integrada ao nível do vale é necessário que os 5 concelhos cooperem entre si.
Finalmente, no cenário de construção da barragem, a discussão a seguir é saber se se vão fazer barragens como se faziam há 50/60 anos atrás e principalmente como vão ser definidas as compensações a atribuir.

A este propósito referiu que sob a o “chapéu” da Directiva de Responsabilidade Ambiental a criação de mecanismos de pagamento por utilização, ou seja pela extracção de recursos naturais seria uma medida natural a aplicar.

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Duração Total: 18:03

Energia – Negócio ou Serviço Público

Na sua intervenção no debate organizado pelo Movimento Cívico da Linha do Tua em Bragança a 17 de Janeiro de 2009, Alda Macedo, do Bloco de Esquerda, destaca a forma como a produção de energia está a ser encarada, mais como “forma de produzir negócio e não como serviço publico”.

Refere que o que foi definido no plano nacional para a eficiência energética é muito curto e que é possível obter ganhos de eficiência energética muito maiores do que o que temos conseguido.

Alerta ainda para o facto de que “falta olhar para a desigualdade de desenvolvimento do pais e perceber quais são as necessidades reais das zonas mais deprimidas” algo que até já é focado no PNPOT que refere algumas causas das desigualdes entre o litoral e o interior.

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Duração Total: 15:16

Vale do Tua como uma identidade própria

Nuno Castro Henriques, Presidente da direcção do IDP, apresenta o estudo “Tua Valley” que o instituto realizou sobre o Tua, um estudo que dá por adquirido que é necessário manter na totalidade a linha, porque ela é uma alavanca para o desenvolvimento da região.

Nesta apresentação efectuada a 17 de Janeiro de 2009 em Bragança num debate organizado pelo Movimento Civico da Linha do Tua, refere que um dos objectivos deste estudo e da sua eventual implementação é projectar o vale do Tua como uma identidade própria explorando património natural, produtos agrícolas e bens culturais já que “viajar no Vale do Tua é viajar na natureza da região e também na sua cultura“.

Refere ainda que as afinidades com outras terras do mediterrâneo que poderiam ser aproveitadas pelos autarcas de forma a criar uma rede maior de contactos.

Em relação ao projecto da construção da barragem, considera que “não há razões tecnológicas para continuar a investir num programa de barragens com tecnologia de 60 anos” e que o projecto “é um excelente negocio para a EDP mas um péssimo negócio para a região e para o país”.

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Duração Total: 19:07

Tua – Região vs País

Na sua intervenção no debate promovido pelo Movimento Cívico da Linha do Tua no passado dia 17 de Janeiro de 2009, João Branco da Quercus refere as diferentes incoerências entre o que se tem dito e escrito sobre o projecto da barragem de Foz Tua e o que tem sido feito.

Aponta nomeadamente a questão de o próprio Estudo de Impacto Ambiental referir que “os impactos socio-económicos para a regiao são muito negativos”, e questiona a valia do facto de a barragem ter um impacto positivo a nível nacional ser tão considerado na medida em que “o distrito de Bragança é uma das regiões mais pobres de Portugal e uma das mais pobres da Europa”.

Destaca ainda a importância que uma ligação do Douro a Puebla de Sanabria poderia ter no desenvolvimento de Turismo da Natureza associado ao Parque de Montesinho e numa óptica de complementaridade da oferta turística do vale do Douro.

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Duração Total: 08.10