Porque irei votar…

…no MPT? Por muitas e variadas razões, a primeira das quais, cumprindo os conselhos de quem surge nos ecrãs televisivos, invariavelmente pedindo que não concedamos a nossas confiança nos “mesmos de sempre”. Sabemos quem são e isto, há 37 anos.

Vou votar no MPT, porque:

-Poque jamais considerei a questão do chamado “voto útil”, especialmente se essa utilidade beneficiar o actual quadro parlamentar e as suas respectivas correntes nos centros de distribuição de sinecuras e partilha de interesses. Nada separa o PS do PSD, CDS, PCP/PEV – vulgo CDU – e PSR/UDP, mais conhecido por BE. Nada! O meu voto é consciente.

– É o herdeiro directo do inestimável trabalho do arq. Ribeiro Telles, um homem que conhece e pensou Portugal como um todo, sem peias de interesses locais ou de situações propiciadoras do beneficiar ínfimas minorias. Portugal não é um negócio.

– Porque num país de tradição marítima, num país que reivindica a maior área económica exclusiva atlântica, o MPT – seguindo o PPM dos anos 70/80 -, propôs e conseguiu a criação do Ministério do Mar, até hoje considerado apenas como uma mera designação sem conteúdo.

-Porque privilegia uma relação especial extra-europeia, precisamente com aqueles países outrora incluídos na soberania portuguesa e hoje parceiros essenciais para o nosso próprio crescimento económico. A CPLP deve deixar de ser uma figura de retórica que se destina a satisfazer ociosos frequentadores de estéreis cimeiras.

– Porque o ambiente e a sua defesa, não consiste num simples detalhe: ambiente é o ordenamento territorial, é a ocupação do interior, é a consolidação das actividades económicas tradicionais, é a defesa do património erguido ao longo de séculos, é o ensino da nossa História tal como ela deve ser contada intra-fronteiras, consolidando a consciência nacional. Ambiente é legislar no sentido de os animais deixarem de ser “coisas” e das florestas deixarem de ser meros centros de produção de madeiras. Florestas são florestas, plantações são plantações, há que assumir a difrença fundamental.

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