A lição dos estivadores

Como se percebe da leitura do extenso trabalho que veio hoje a lume no Público, há sindicatos e sindicatos, e uns e outros distinguem-se pelos trabalhadores que têm e sua consciência.

Enquanto nuns portos os estivadores pagam uma quota elevada e beneficiam com isso da possibilidade de prolongar uma greve, o responsável do sindicato de Sines afirma não ter hipóteses de o fazer (embora saiba que uma greve de 8 dias faria ceder qualquer governo), o que até se compreende.  Uns ainda são trabalhadores, os outros estão no grau abaixo de zero do precariado e do salário pelo mínimo.

É essa a diferença, é para aí que governo e patronais pretendem empurrar os trabalhadores que sobram. Espancando para a ausência completa de direitos, para a reproletarização na versão clássica do esses que nada têm a perder porque nada têm, mas não ganharam ainda a consciência de terem tudo a ganhar. Esses a quem chamam em gozo de balofa hipocrisia colaboradores.

Têm azar: mais tarde ou mais cedo este filme também acaba assim:

[youtube http://www.youtube.com/watch?v=S6VBdu_ur48]

Há Lodo no Cais – On the Waterfront