Patriotismos

Se considerarmos que “ser patriótico” é comportarmo-nos como a avassaladora maioria dos Portugueses, realmente não é mesmo “patriótico”. A atitude “correcta” é, indubitavelmente, aceitar bovina e mansamente o que os “senhores dotôres” que mandam, nos dizem.

Eu, infelizmente, não consigo nem aceito esse paradigma nacional. E irritam-me, solene e visceralmente, estas posturas típicas de quem convive mal com a democracia (actualmente e de uma forma superficial, a extrema-direita e quase, repito, quase toda a esquerda). Recusar e protestar contra um dos princípios básicos e essenciais quer do Estado de Direito quer da Democracia que é o escrutínio dos agentes públicos e da sua actividade, só revela o mau carácter de quem o faz e a, evidente, desadequação destas gentes às funções que desempenham.

Comments

  1. paulo says:

    Bravo, completamente de acordo.

  2. Filipe Bastos says:

    Sempre que alguém vem com esta conversa, seja a pífia D. Graça ou o palhaço Trampa, é inevitável lembrar o aforismo de Samuel Johnson: “Patriotism is the last refuge of the scoundrel”.

    Isto lembra outra questão: a inimputabilidade dos eleitos; e a naturalidade com que a encaram. Sobretudo, o Osório tem certa razão, a esquerda. Neste caso a pseudo-esquerda sucateira.

    O Partido da Sucata é o mais prepotente porque sabe que manda nisto tudo, mas não é o único a borrifar-se nos cidadãos, nos contribuintes e na democracia. Todos o fazem. E nós deixamos.

    Ninguém audita realmente a classe pulhítica. Fazem o que lhes dá na gana, arruínam o país e saem para novo tacho. Por isso falam assim. Sabem que podem. A carneirada é mansa.

  3. Tal & Qual says:

    Devemos estar sempre ao lado do governo da nação!

    Se estivermos à frente, vão-nos ao cu !

    Se estivermos atrás, estão a cagar para nós!

  4. Rui santos says:

    A alarvice continua e não vai ter fim. Há muito que o Aventar devia ter despachado este boneco animado.

  5. Paulo Marques says:

    Curioso, quando era o querido líder, uma pessoa que sempre conviveu com a democracia (tal como, sei lá, o sistema eleitoral que era uma prioridade mudar até lhe dar emprego) a proferir tal horrenda palavra, aplaudia com os pés.
    Mas adiante, os grunhos clubistas naturalmente ficam palas palavras, que já tanto custam a perceber, que depois se esquecem do objecto da crítica, o mesmo clubismo atávico que os compele a encontrar falha naquilo que não só não é exclusivo, como é, na prática, política mandatada pelo império de tachos.
    Como respondi ao Francisco Figueiredo, esperança no meio disto, não há, vai mesmo ficar muito pior antes de ficar melhor; se ficar, até porque o clima não espera que o mercado se lembre dele. Ou, na verdade, até ver como ganha em manter a humanidade viva.

  6. Daniel says:

    Criticar publicamente dados da DGS (etc) sem apresentar qualquer argumento que justifique essa crítica não só “não é patriótico”, como é totalmente canalha!!