
Nos últimos tempos, temos visto crescer a imagem do oligarca sul-africano Elon Musk como um deus da liberdade de expressão, um rei libertário das massas oprimidas no Twitter.
Se a visão de um oligarca como “um defensor da liberdade”, seja ela qual for, já é abusiva, todo o endeusamento à volta do bilionário atesta o delírio colectivo. Isto porque “liberdade” e “bilionário” são duas ideias contraditórias entre si; nenhum bilionário nos trará liberdade, mas ao assumir-se como um paladino da mesma, nós, comuns mortais, estamos a assegurar a sua. E a sua liberdade é a de poder continuar a lucrar desmesuradamente com os seus negócios, aqueles onde nós investimos, mesmo sem nos apercebemos. Não pode ser uma musa da liberdade aquele que se opõe a que os seus trabalhadores usufruam das liberdades a que têm direito como, por exemplo, o direito à greve, ao qual o oligarca Musk se opõe.
Elon Musk não é exemplo de nenhuma virtude, a não ser a aparente virtude de ter muito dinheiro. Se é que isso é uma virtude por si só (plot twist: não é). Mas pode vir a sê-lo, basta querer. Em primeiro lugar, pode começar por re-admitir aqueles que despediu: os moderadores de conteúdo que tinham a tarefa de monitorizar crimes na internet. Excluir as carradas de contas de nazis que deixa andar livremente por uma plataforma mainstream, pode já ser um passo.
Depois, é simples, fecha as portas da Tesla na China, no Catar, nos Emirados Árabes Unidos, na Hungria e na Turquia, países onde não existe… liberdade de expressão.
Até lá, será apenas o rei da manipulação com um objectivo único: manter-se no topo da lista dos oligarcas mais oligarcas do mundo. E se Portugal seguisse o exemplo do Brasil, poderíamos começar a pensar em libertar, finalmente, os nossos jovens do jugo das redes sociais vistas como “mundo real”.
Liberdade haverá quando não houver espaço para nem mais um Elon Musk.







De acordo. Exceto na última frase, Libertar os nossos jovens do jugo das redes sociais. Não porque a frase esteja errada, mas a influência nefasta das chamadas “redes sociais” e muito mais ampla do que apenas os jovens, infelizmente, embora seja o sector mais sensível e avido de “coisas novas” .
Toda a sociedade está contaminada pelas redes sociais com o que os multimilionários exercem as suas influências directa ou indirectamente.
O falso argumento de que são gratuitas, é uma arma poderosa ao serviço dos multimilionários seja o Boer da da rede X, seja o sionista do fakebooke
Mas ainda bem que não estou sozinho a refletir no perigo das “redes sociais”
Carlos Almeida
Estranho, tendo em conta o último ano ou dois, ou mais, não percebo porque é que o exemplo de censura nunca é a Alemanha, o Reino Unido, ou a América, por exemplo. Deve ser porque não vem no pasquim de outro bilionário também apanhado a mentir várias vezes, aí era credível porque a narrativa é bem construída.
A vantagem das redes sociais é haver quem nos lembre de do que disseram na campanha anterior, de massacres de Haditha ou Fallujah, da Líbia e Síria, e por aí fora, que nos chame a atenção do discurso do dia a dia em hebraico ou hindu, de onde vêm aquelas tatuagens e outros símbolos em voga na Ucrânia, ou até o tal confronto que não foi em Tianamen.
Estão bem assim? Não. Mas a diferença é mais de tom do que substância, ou não tivessem caído da plataforma do mais maior partido democrático do mundo a oposição à pena de morte, à tortura, ao muro fronteiriço, à humanização dos requerentes de asilo, ou várias linhas vermelhas. Ou o combate ao perigosíssimo TikTok, agora enorme alvo de propaganda eleitoral com discurso lavado – coincidências, que aquilo não é o Brasil.
O «Telegram» é melhor e superior em todos os aspectos.
Funciona de forma diferente, e também tenta vender os seus esquemas.
É curioso que a preocupação do Maio seja a readmissão dos “censores” que Musk despediu. Para, diz ele, “monitorizar crimes na internet, excluir as carradas de contas de nazis que deixa andar livremente por uma plataforma mainstream”.
Portanto, segundo o Maio, o Musk não é um “deus da liberdade de expressão” porque não exclui “nazis” (presumo que eles se auto-identifiquem como tal, seja lá isso o que for actualmente) e não monitoriza os “crimes na Internet” (presumo que sejam os que constam do cardápio do Maio, que como se vê é bastante “selectivo” – sim, porque isto de crimes, depende, né). Por exemplo, chamar gorda a uma gorda que é ministra do governo alemão é um “crime”. Já escrever “morte ao homem branco” é “uma metáfora”.
Aliás, o Maio começa logo com um dos aforismos sagrados do cardápio: “liberdade” e “bilionário” são duas ideias contraditórias entre si; Porquê? Não diz, porque ele presume que estaremos todos de acordo. Obviamente, né? Quem não estiver de acordo, ou é “fascista”, ou é “nazi”, ou é as duas coisas, pelo que cairá logo sob a alçada dos “moderadores” do Maio.
Quanto ao facto de os paladinos da liberdade (Biden e Scholz, por exemplo) terem andado sistematicamente a mentir, e a obrigar as “redes sociais” (não a rede social “do mal” – o X – mas as redes sociais “do bem”, nomeadamente o Facebook) para difundir falsas informaões, ao mesmo tempo que censuravam as informações verdadeiras mas que não interessava que se soubesse, isso não interessa. Porque isto de dizer a verdade, não é conveiente. Imagine-se que a “populaça” (leia-se: a turba ignara que não sabe pensar e tem de ser conduzida pelas “vanguardas revolucionárias”) começava a pensar que estava a ser enganada. Ia ser um problema. Lá se ia a “democracia”.
Ó maio… vai-te catar.
Você quando vai cagar limpa a boca, só pode.
Pimba
É? Onde? É por isso que alguém foi detido?
Faça uma pesquisa. Use o Google. Não dá assim tanto trabalho.
Dr Elon é um empresário. Pensar que a sua rede social tem que ser gerids democraticamente… aquilo é coutada privada onde, dentro da legalidade, vale o que ele quiser. Tal como aqui, se um aventariano bloquear ou apagar um comentário, está no seu direito.
Pensar no Musk como um defensor do que seja para lá dos seus interesses pessoais e financeiros é algo rebuscado, mas o culto da personalidade (ou cultivo de ídolos) não é recente nem propriedade da geração acéfala liberacha escrava dos telemóveis. O homem dabd vender-se. E sacar uns fundos, da direita à esquerda, do privado ao público.
Passo bem sem ter conta nessa coisa. Muitos que falam mal do X contribuem…
Verdade verdadinha.
“Passo bem sem ter conta nessa coisa. Muitos que falam mal do X contribuem…”
Tem toda a razão.
Quem não gosta do Boer ou do “marrano”, não deve ter conta nessas redes.
Tambem não bebo coca cola ou Fanta que é dos “marranos” tambem
Os monopólios têm destas coisas. Ou oligopólios, se quiser.
E no entanto há quem não beba a água suja do imperialismo, pode sempre optar pela gasosa. Só lá está quem quer, ninguém é obrigado, nem aquilo é um bem de primeira necessidade.
Andar por lá e falar mal da gerência tem o seu quê de irónico.
As “redes sociais são como a droga.
“Só lá está quem quer, ninguém é obrigado, nem aquilo é um bem de primeira necessidade.”
Tal e qual como as drogas legais como o vinho e o tabaco ou as ilegais como a cocaína, o haxixe e outras
Mas facto é que há milhões de seres humanos de todas as raças e credos religiosos drogados nas “redes sociais”, que ao contrario das drogas químicas são grátis. O ser gratuito para o utilizador final, é o que de resto interessa aos seus promotores milionários, que ganham o dinheiro com os anunciantes de produtos comerciais. nessas redes
E?
Quem quer usa. Quem não gosta fica de fora. Há que use com moderação e quem seja dependente.
Ninguém é melhorr ou pior.
A ironia está em beber uma malga de tinto enquanto se fala mal da adega de onde vem a pipa. Quanto muito, assumam-se como alcoólicos.
Não, andar numa das redes de propaganda do império para, ainda, ter notícias sobre os seus crimes, já que a tugolândia auto-colonizada não está interessada, não tem nada de irónico. É, afinal, onde os sionistas admitem o que pensam, nem que seja preciso carregar no botão para traduzir.
Podia ser essa, podia ser outra, habituando-me às fontes, sempre uma vez por dia sem perder muito tempo, que já não dá para conversas nem que tivesse tempo.