O “descrédito total” de Miguel Pinto Luz

Miguel Pinto Luz, vice-presidente do PSD e da CM de Cascais, nascido e criado em Lisboa, será o cabeça de lista da AD pelo distrito de Faro, ao qual não tem qualquer ligação relevante.

Não é o primeiro e, seguramente, não será o último. No PSD e noutros partidos, como o PS, em que a aritmética e a ambição por lugares elegíveis são quem mais ordena.

Mas este é o mesmo Miguel Pinto Luz que, em 2009, falava em descrédito total para caracterizar um militante de um partido, julgo que do PS, que foi “de paraquedas para o algarve para ser deputado”.

Que triste figura.

ÚLTIMA HORA

O deputado Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal, acaba de convocar uma conferência de imprensa para condenar as declarações do deputado Rui Rocha, líder da Iniciativa Liberal.

A maioria dos brancos NÃO é racista

Não tenho a mínima dúvida de que os negros (e os asiáticos, os árabes, os ciganos, os latino-americanos…) são alvo de comportamentos racistas numa escala que os caucasianos nem sonham, pese embora aquilo que dizem os folhetos de propaganda dos movimentos de extrema-direita. É uma situação inaceitável e não há comparação possível.

Igualmente inaceitáveis são parvoíces como esta, que encontrei nos meandros do activismo fundamentalista e incendiário do Twitter, que não servem para outra coisa que não seja promover a divisão e o conflito. A maioria dos brancos NÃO é racista. Não agrediu nem matou ninguém por motivos raciais. Não defende nem promove a discriminação racial. E sim, vê na luta de Martin Luther King um exemplo para todos, maior do que a raça, a religião ou a política.

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Um Musk, um Zuckerberg e um Bezos entram num bar

Mensagem do Facebook.

A partir do dia 1 de Dezembro, não poderás dizer, no teu perfil pessoal no Facebook, se és social-democrata, comunista ou liberal, nem se és agnóstico, ateu ou crente.

Em alternativa, podes juntar-te a uma força de segurança, criar vários grupos só para polícias e/ou militares e podes ser racista, xenófobo e homofóbico à vontade.

O que nos vale é que a Esquerda controla a Comunicação Social e as redes sociais e, por conseguinte, a opinião pública… assim, está tudo bem e está tudo explicado. O bizarro Elon Musk decidiu que ser bilionário estava uma seca e vai daí decide acabar com o Twitter; o lunático Jeff Bezos, decidiu que não estava a ganhar dinheiro suficiente, vai daí e despede 10.000 trabalhadores. Entra o Mark Zuckerberg, pede um copo de leite e diz que “política e religião não se discutem!”.

O mundo novo cheira a velho.

Elon Musk e outros palermas

A propósito da polémica Elon Musk/Twitter, tenho dificuldade em decidir-me sobre o lado mais palerma desta equação:

  • Se o daquela esquerda que arranca cabelos porque aquilo agora é do Musk, porque liberdade de expressão e não-sei-quê, mas que estava perfeitamente confortável com accionistas que já lá estavam, tipo o primo do Bin Salman, como de resto está confortável com o Bezos no Washington Post ou o Zuckerberg na META, ambos conhecidos pelo seu profundo compromisso com a democracia.
  • Se o daquela direita que quer fazer dele um herói anti-globalista e anti-sistema, quando o Musk é o homem mais rico do mundo, perfeitamente integrado no sistema e na elite global, e a sua SpaceX vive de contratos com o Estado americano. Só este ano foram 2 mil milhões de dólares. Pagos pelo cofre cuja chave está na mão de Joe Biden, que é precisamente o inimigo público n°1 dessa mesma direita.

Não consigo decidir. Ambos os lados estão fortíssimos na palermice. Alguém lhes diga que o Twitter é uma empresa privada e não um organismo público com a missão de defender a democracia. E que o Elon Musk quer ganhar dinheiro e introduzirá as mudanças que quiser para rentabilizar o Twitter segundo a sua visão.

E que só lá está quem quer.

Cavaco Silva, Pedro Marques Lopes e Duarte Marques entram num bar…

…e tiram à sorte a ver quem vai carregar Rui Rio para casa. Pese embora Marques Lopes esteja coberto de razão.

O PSD de cabeça perdida, rendido aos métodos da extrema-direita

Tinha este rascunho de molho, e entretanto passou um mês. O PSD anda tão apagado que acabei por me esquecer que existia. Mas ontem lá tropecei numa notícia sobre as internas de amanhã, e a primeira coisa que me veio à cabeça foi esta absoluta imbecilidade de tweet. Existem muitas maneiras de criticar um partido ou governante, bem mais eficazes e inteligentes, e dignas também, mas isto é bater no fundo. É, inclusive, um grande favor que faz ao PS. Um “regime totalitário socialista”? Contrataram os estrategas de marketing do CH, foi?

O PSD é livre para praticar o estilo de propaganda política que bem entender. Vivemos em democracia e somos livres para exprimir as nossas convicções e opiniões sobre a realidade que observamos. O PSD, por exemplo, entende que ficou provado, pelo próprio António Costa, que o que Portugal poderá esperar deste governo é:

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Elon Musk, Twitter e liberdade de expressão: a desconstrução de uma fraude

Elon Musk a viver acima das suas possibilidades

Para adquirir o Twitter, pela astronómica soma de 40 e tal mil milhões de euros, Elon Musk teve que se endividar, pese embora o seu net worth seja suficiente para cobrir as suas despesas. Estará o sr. Tesla a viver acima das suas possibilidades? Se não está, parece.

Elon Musk, o Twitter e os outros

A tentativa “hostil” de Elon Musk tomar conta do Twitter tem sido tópico de discussões acesas. Podemos confiar tão poderoso instrumento de geração e partilha de informação a um homem só, ainda por cima tresloucado? Que ameaça poderá representar este homem, tão poderoso, com ainda mais poder?

É interessante assistir a esta discussão, quando o próprio Twitter tem, entre os seus accionistas, um príncipe Saudita e vários fundos abutres. Quando Bezos é dono do Washington Post e a grande maioria da imprensa mundial está nas mãos de oligarcas do bem. E mesmo que Musk tomasse conta do Twitter, que é uma empresa privada como outra qualquer, ainda ficaria a anos-luz de Mark Zuckerberg.

Qual será, então, a nova ameaça que o dono da Tesla representa?

Suspeito que nenhuma. Suspeito, aliás, que terá incomodado alguém com poder, para estar agora debaixo de fogo. Ou então é circo para entreter o povo, que se vai esquecendo que o essencial não é quem manda nas redes, mas a ausência de regulação sobre o imenso poder das tecnológicas.

Alemanha VS Rússia: incidente diplomático na África do Sul

Não, não é montagem. A embaixada russa na África do Sul fez mesmo um tweet em que agradece o apoio de “um grande número” – e que grande número este é – de indivíduos e organizações sul-africanas, na sua luta contra o “nazismo” na Ucrânia. E a embaixada alemã no país respondeu mesmo com outro tweet, acusando os russos de cinismo e de chacinar crianças, mulheres e homens em proveito próprio, sob o falso pretexto de lutar contra o nazismo. O tom continua a subir e esta Alemanha não parece, de todo, a Alemanha a que nos habituamos nos últimos anos. Agora que já “não precisa” do gás russo, agora que já nem o Schalke 04 precisa do petro-rublos da Gazprom, os tempos de vassalagem ao Kremlin serão apenas uma recordação do passado. Por enquanto…

Já agora, “combater o nazismo na Ucrânia” é tradução directa para russo do americanismo “armas de destruição maciça no Iraque”. As ideologias mudam, mas o modus operandi é o mesmo.

O chilreio do dia

De Sara Barros Leitão: «Como é que eu sei que os turistas chegaram ao Porto? São 9h10 da manhã, fui comprar pão ao café da esquina e sai um pedido de uma Francesinha com meia de leite para uma mesa na esplanada».

Daniel Oliveira ARRASA André Ventura

Quando Ana Gomes anunciou a sua candidatura a Belém, André Ventura afirmou, sem rodeios, que se demitiria da liderança do Chega, caso ficasse atrás da antiga eurodeputada socialista.

Várias sondagens depois, com André Ventura sempre atrás de Ana Gomes, que não precisou sequer do apoio oficial do PS para se destacar no segundo lugar em todos os estudos de opinião, o representante da extrema-direita começou a virar o bico ao prego, porque a sua palavra tem sempre o mesmo valor: o que melhor se adequar às suas necessidades momentâneas.

Daniel Oliveira “apanhou-o na curva” (expressão oportuna, nestes tempos áureos do motociclismo nacional), recordando-lhe a promessa do candidato presidencial Ventura, enquanto limpava o chão do Twitter com o político profissional do sistema que diz combater os políticos profissionais do sistema.

Com tanta discussão sobre pandemias, vacinas e crises económicas, ver a extrema-direita ser exposta, todos os dias, sempre vai dando algum alento.

Actos de Trump ultrapassaram fatos do Acordo Ortográfico de 1990

Forcing the factors to be orthogonal often allows extraction of factors that represent only a small number of variables, with each variable loading highly onto one factor or a small number of factors (Abdi & Williams, 2010).
— Ainsworth et al. (2019)

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Efectivamente, neste preciso momento, “this claim about election fraud is disputed” tem mais ocorrências do que “o candidato declara serem verdadeiros os fatos constantes da candidatura“.

No entanto, até 3 de Novembro de 2020, de facto, ainda não era assim (cf. pdf, p. 7).

Continuação de uma óptima semana.

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André Ventura ARRASA LIBERDADE DE EXPRESSÃO e PROMETE CENSURA nas redes sociais

AV

Se for eleito, André Ventura promete acabar com a “bandalheira” que é o Twitter. Uma bandalheira onde Ventura chafurda diariamente, como tantos porcos fascistas, e que o deputado de extrema-direita pretende monitorizar a censurar, caso vença as próximas Legislativas. Está ficar crescido, este aspirante a Estaline. Será que já começou a apagar os dissidentes das fotos?

Sem surpresas, André Ventura continua a imitar as piores práticas de Donald Trump, referência máxima dos neofascistas portugueses, a par de Salazar, Bolsonaro e Hitler. Apesar de inexistente no panorama político internacional, Ventura sonha já com o fact checker do Twitter, a sinalizar as fake news que debita diariamente, no processo contínuo de tratar os chegófilos como otários acéfalos, o que, em bom rigor, não anda muito longe da verdade. [Read more…]

A questão da responsabilidade do que é publicado

Até agora, as redes sociais estavam protegidas pela secção 230 do Communications Decency Act (CDA), que as impedia de serem responsabilizadas pelos actos dos seus utilizadores e as permitia regular livremente as discussões nas suas plataformas. [PÚBLICO, 2019-05-29]

O “Telecommunications Act” de 1996 (EUA) e o “Electronic Commerce Directive 2000” (UE) são pacotes legislativos aprovados com o objectivo de protegerem as plataformas electrónicas alimentadas por conteúdos dos seus utilizadores. Em termos brejeiros, são o equivalente a um café não ser responsabilizados pelos anúncios que os seus clientes afixem ao lado do balcão.

Ou seja, eu posso afirmar que o Trump é um filhodaputa sem que ele possa processar o WordPress, que é a plataforma onde o Aventar está alojado. Se se tratasse de um órgão de comunicação social traditional, este poderia ser alvo de processo pode difamação.

Mark Zuckerberg, o sonso, veio a público criticar Jack Dorsey, CEO do Twitter, por este ter dado o passo de permitir que os seus leitores verificassem, com um clique, a veracidade de conteúdos publicados no Twitter. Em particular, por este juntar a algumas mentiras de Trump uma ligação directa a serviços de fact check.

Zuckerberg, o sonso, a mentir ao Congresso dos EUA

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“Não deixes que a verdade te estrague uma boa história”, Trump, 2020

O mentecapto in chief fez o que sempre fez, que é usar o o Twitter para disseminar o seu chorrilho de mentiras. Para os distraídos, entre as últimas, inclui-se o uso da hidroxicloroquina para tratar a covid, uma falsa acusação de homicídio e diversas mentiras sobre fraudes eleitorais.

Desta vez o Twitter adicionou um link para que quem quisesse se informasse. Fez mais do que as multidões de reporters fazem nas “conferências de impressa” na Casa Branca. Foi chamado de mentiroso por umas letrinhas azuis em fundo branco. Veneno para um narcisista como ele.

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Ascenso Simões no Twitter

 

 

 

 

 

Ontem, no Twitter, o deputado do PS Ascenso Simões insultou todos os que lhe apareceram pela frente a propósito de uma publicação sobre a Iniciativa Liberal.

A violência da linguagem utilizada, sobretudo contra mulheres, provocou uma censura generalizada. Afinal, trata-se de um representante da Nação com responsabilidades enquanto tal.
Mas a agressividade de Ascenso Simões no Twitter não é de hoje. Ora vejamos:

 

 

 

 

A mesma conta, a mesma linguagem desabrida a chamar a atenção da Comunicação Social e até do Polígrafo.
Ontem, depois da polémica, o deputado do PS veio dizer que aquela era uma conta falsa, que não era sua, etc, etc. Eliminou a conta anterior, criou uma nova e, sem explicar por que nunca denunciou uma conta que era falsa, terminou com uma pergunta:

Quem tem estado atento às intervenções de Ascenso Simões nos últimos anos sabe bem qual é a resposta.

E se o Brasil revogar o acordo ortográfico?

[João Roque Dias]

Lanço-vos um desafio. Imaginem que acordam um dia, ligam o transístor, lêem o jornal do vizinho no metro ou na Internet e ficam a saber que o Brasil acaba de revogar o acordo ortográfico de 1990.

Uns darão pulos de contentes, outros ficarão verdes de raiva, mas nada disso vem agora ao caso.

Primeiro, há que ter em conta que o Brasil é useiro e vezeiro em rasgar os acordos ortográficos assinados com Portugal e, se o de 90 for também mandado à fava, será apenas o terceiro. Eu conto-vos como foi:

Da primeira vez, quando, a 1 de Setembro de 1911, entrou em vigor em Portugal a Reforma Ortográfica sem termos falado com o Brasil, começou por lá um burburinho tremendo (mas só nos salões aveludados, por senhores de chapéu alto) sobre o nosso desplante. A coisa durou pouco, porque, quando abriram os olhos, viram que a Reforma portuguesa era mesmo coisa bem feita. Tão bem feita que, a «sua aceitação acabou sendo até maior do que aquela anteriormente realizada pelos acadêmicos brasileiros, pelo menos nos primeiros anos subseqüentes à mesma: em 1915, por exemplo, a própria Academia Brasileira de Letras acabaria aceitando um parecer de Silva Ramos (julho) que tornava oficial o sistema ortográfico lusitano, eliminando todas as divergências ortográficas entre Brasil e Portugal (novembro). Só que, «quatro anos depois (1919), a mesma academia voltaria atrás, renegando a proposta de Silva Ramos e abolindo a resolução de 1915. O amor-próprio e o sentimento nacional brasileiros parecem ter, no final das contas, prevalecido.» (in REFORMA ORTOGRÁFICA E NACIONALISMO LINGÜÍSTICO NO BRASIL, por Maurício Silva (USP).

E da segunda vez, quando, 10 de Agosto de 1945, o Brasil assinou com Portugal a “Convenção Ortográfica Luso-Brasileira de 1945”, e a adoptou pelo Decreto-lei 8.286, de 05.12.1945, mas que a renegou, DEZ ANOS DEPOIS, pelo Decreto-lei 2.623, de 21.10.1955.

Mas imaginemos que do Brasil chegam mesmo notícias da incineração do monstro.

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Trump, Chomsky e as línguas

Quem quer ouvir pintar em inglês do Mali?
— GNR

I’ll tell you what I want, what I really, really want
So tell me what you want, what you really, really want
I wanna, (ha) I wanna, (ha) I wanna, (ha) I wanna, (ha)
I wanna really, really, really wanna zigazig ah
— Elijah Wood (o original é este e eis um bónus)

***

Segundo a versão do Politico («Without the US, the French would be speaking German»), Donald Trump terá escrito que, sem a intervenção dos EUA na Segunda Guerra Mundial, hoje em dia, os franceses estariam a falar alemão — como língua dominante no território francês, entenda-se. Já agora, fica aqui uma nótula informativa a indicar que a paisagem linguística do hexágono é extremamente complexa e interessante e, já agora, há vida francófona além do hexágono.

Adiante.

Com esta asserção do presidente dos EUA (a veiculada pelo Politico, a original encontra-se no chilreio), depreende-se que Trump não lê, não escuta, não ouve (ou — existe sempre esta hipótese — não concorda linguisticamente com) Chomsky. Há uns anos, perante a pergunta de  Al Page “porque é que a língua francesa é tão diferente da alemã?”, Chomsky criticou implicitamente o ‘tão’, retorquindo que Page estava a partir do princípio de que a língua francesa era diferente da alemã.

Além desta pequena provocação, deixo-vos uma linda imagem do sítio do costume, desta vez, sem fatos, sem contatos, mas com um belíssimo panorama de um aspecto que só tenho difundido em dias de Orçamento do Estado. Tradutores Contra o Acordo Ortográfico, obrigado pelo mote.

Efectivamente, ontem, no sítio do costume.

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A que sector da sociedade portuguesa se destinam as fake news?

As fake news em Portugal vivem do Facebook e não de blogues. Estes, quando muito, servem apenas de muleta para a página do Face. E desculpem a crueza, nem podia ser de outra forma.
As páginas de fake news têm como alvo um sector específico da sociedade e que não é de distinção tradicional. As fake news não são nem para a classe baixa nem para a média (se é que esta ainda existe em Portugal) nem para a alta.
É para um vasto sector: os pouco informados. Que se encontram em todas as tradicionais classes. E, por isso mesmo, é o Facebook o seu pasto e não os blogues. Por isso, é um erro (na minha opinião) confundir as fake news com os “Corporações”.
O único ponto em comum é a manipulação.
Mas as páginas de fake news são para manipular através dos utilizadores de Facebook que, por opção (seja ela de que teor for) não estão informados e, como tal, acreditam em tudo o que lhes for apresentado da forma mais inverosímil. Pessoas que não consomem imprensa (escrita ou digital), que não gostam de política, que não gostam de pensar para além do natural da sua vida e do seu círculo. Essas pessoas são facilmente manipuláveis – basta apimentar a coisa da maneira mais….inacreditável.
Por exemplo: reparem no elevado número de pessoas que acreditam e partilham como verdadeiras peças de humor do “Imprensa Falsa” ou do “Inimigo Público” como se as mesmas fossem verdadeiras. Reparem no elevado número de pessoas que partilham como verdadeiras “notícias” sobre a morte de famosos. Antigamente, no tempo dos meus pais, compravam o “Incrível” pela diversão, pelo gozo. Se fosse hoje, compravam como se fosse o único jornal com notícias verdadeiras. Mais, as páginas de fake news, seja em Portugal, seja nos EUA, aproveitam este enorme mercado para transmitir a mensagem que pretendem e usam a plataforma que melhor se adapta em cada país. Nos EUA, é melhor o Twitter, como em Espanha. Já em Portugal, é o Facebook.
Ora, um jornalista que pretende fazer uma peça jornalística sobre o tema e escolhe como ponto de vista os blogues demonstra um total analfabetismo sobre o tema. Demonstra que ainda está no passado. Demonstra que não percebe nada do tema a investigar. [Read more…]

Os U2 e a alfaiataria nacional

You may know I’m guest-hosting tonight because Dave’s got a little eye problem. He’s having trouble seeing. Now that’s the bad news. The good news is he now qualifies to be an umpire on the tennis tour.
John Mc Enroe

the /t/ is often elided
Ida Brunsvik Eriksen

The… what do they call them? The emoticons. At first, I really thought they were dumb, and I didn’t use them, but (by God!) I use them. No. I only use one… two types… well maybe even more…
Douglas Hofstadter

***

Vale a pena ler alguns dos comentários a este descuido dos U2.

Infelizmente, muitos dos comentadores não conhecerão a ortografia praticada no sítio do costume.

É pena.

A propósito, daqui a cerca de um mês, vou a Cracóvia falar sobre Lisboa. Lisboa fonológica. Enquanto preparo os últimos pormenores da comunicação, aproveito para vos deixar descansar, repor baterias. Daqui a pouco menos de um mês, acreditai em mim, tudo estará exactamente na mesma. Quando? Daqui a umas semanas. Onde? No sítio do costume.

Efectivamente.

Até meados de Outubro.

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Ainda agora lá chegou

e já está a causar estragos.

O Maçães mostra a pila a quem quiser

Quem olha para o ex-secretário de Estado Maçães não vislumbra o macho alfa que se esconde por trás daquela pinta de nerd, de quem passou as passas do Algarve no ensino básico e secundário. Digam o que disserem, o homem merece Odessa. Ou, parafraseando Manuel Cardoso, Bruno Maçães é o herói de todos os totós. [Read more…]

Conta de Trump no Twitter apagada durante 11 minutos

Empregado apagou-a no seu último dia de trabalho. Twitter restaurou-a 11 minutos depois.

Mike Pence a fazer figura de Trump

stupid-pence

 

25 de Abril de 1974

Acompanhe a revolução no twitter, em diferido exactamente 42 anos.

Governo Rajoy imita as piores práticas do PàF

PP

O Ministério do Interior espanhol usou a sua conta no Twitter para fazer propaganda eleitoral e promover Mariano Rajoy, colando o líder do PP a Adolfo Suarez e ao histórico momento da transição democrática. Estes PàFs espanhóis tendem a confundir os recursos do Estado com os dos seus partidos, como de resto foi acontecendo por cá com os seus parentes políticos: Paula Teixeira da Cruz usou dirigentes públicos para servir a campanha do PàFPires de Lima seguiu-lhe os passos e até o sítio do Governo publicou um documento manifestamente imparcial intitulado 4 anos de credibilidade e mudança. A uns como a outros, de pouco lhes adiantaram as manobras: venceram o escrutínio mas perderam o poder absoluto, o único que conhecem e com o qual sabem governar. Hoje chegou ao fim a hegemonia da central de negócios do bloco central espanhol. A nossa vez chegará.

Mais um logro curricular laranja

BMacaes

Na sua conta no Twitter, o ex-secretário de Estado dos Assuntos Europeus Bruno Maçães apresenta-se como “Former Europe Minister in Portugal“, cargo que não existiu durante a vigência dos XIX e XX governos constituicionais, sendo a secretaria de Estado tutelada por Maçães uma dependência do Ministério dos Negócios Estrangeiros. Não surpreende esta adulteração do jovem ex-ministro ex-secretário de Estado, mas a verdade é que estamos perante um logro, na senda de outros logros curriculares com a chancela do PSD como o de Miguel Relvas, Rui Machete (o ex-ministro “patrão” de Bruno Maçães) e Franquelim Alves, tendo no caso dos dois últimos sido omitida a passagem pela SLN, dona da famosa mega-fraude BPN. Mas fica sempre muito bem na fotografia. Pena não ser verdade.

Captura de ecrã via Os truques da imprensa portuguesa

Contas à moda do PàF: quando aldrabar os número do comício corre mal

Contas Paf

Depois de meses a aldrabar os números do défice, do desemprego e de tantos outros indicadores, as tropas da coligação dedicam-se agora a aldrabar os números dos seus próprios comícios. Segundo a Twitter do PSD, tweet que de resto foi apagado após o desmascarar do embuste, não sem antes ser detectado e partilhado por João Coelho na sua página de Facebook, estariam mais de 3000 mil apoiantes da coligação PSD/CDS-PP no comício de ontem no Parque de Exposições de Braga, cuja capacidade máxima do Grande Auditório é de 1204 lugares. Significa isso que terão ficado mais de 1796 PàFs à porta do comício. Notável.