A minha praxe

Ainda a propósito das praxes no Meco, tentei esforçar-me para me recordar de como foi a minha própria praxe académica.
Há dois episódios que recordo de forma relativamente pormenorizada. Um deles foi uma «aula-fantasma», «leccionada» por um veterano na disciplina de Civilizações Clássicas. Fizeram-nos escrever uma extensa lista de livros a consultar, entre os quais «A Arqueologia Espacial aplicada ao Império Romano», de Robert Aldrin, e muitos outros que nos fizeram duvidar da veracidade daquela aula.
O segundo episódio ocorreu nos jardins da Faculdade de Letras. Em fila, os caloiros foram conduzidos até um espaço mais amplo. Um a um, os «doutores» deram-nos ordem para cantar individualmente. A mim, mandaram-me cantar muito alto uma música do Quim Barreiros. Eu não sabia quem era o Quim Barreiros (fui um adolescente estranho) e, mesmo que soubesse, não estava disposto a cantar em frente a tanta gente. Naturalmente, recusei.
Insistiram e, como viram que dali não levavam nada, disseram-me que estava expulso da praxe e que até ao fim do curso não podia participar em nada.
– «Está bem». [Read more…]