Karl Moedas e os transportes públicos gratuitos em Lisboa

Quando, na antecâmara da campanha eleitoral pela CM de Lisboa, Beatriz Gomes Dias e João Ferreira avançaram com propostas para que a autarquia garantisse transportes públicos gratuitos na cidade, a direita arrancou as vestes, “monelhos de cavelo”, e guinchou, em uníssono, o conteúdo da cassete que é hoje a sua imagem de marca: comunismo, extrema-esquerda, marxismo cultural.

Agora, que Carlos Moedas reafirma a intenção de garantir transportes públicos gratuitos “para os mais novos e para os mais velhos”, sem contudo clarificar até que idade se é considerado “mais novo” e a partir de que idade se é considerado “mais velho”, dessa direita histérica acima descrita, que se agita ao sabor do vento e sem um plano para o país, nem um pio.

Contudo, sotor Carlos Moedas, se o objectivo é garantir a descarbonização, é fundamental que clarifique também qual será a situação dos principais utilizadores dos automóveis na cidade de Lisboa, que não são nem os mais novos, nem os mais velhos, mas a população trabalhadora que, regra geral, é mãe e pai dos primeiros, filho ou filha dos segundos. Dito isto, avante, camarada Moedas! Os transportes públicos brilharão para todos nós!