É muito provável que os derivados do inglês venham a ser os crioulos do futuro, porque as ciências (incluindo algumas sociais) e a tecnologia já se exprimem em língua inglesa ou, pelo menos, numa espécie de dialecto em que se misturam termos ingleses com resquícios da língua materna.
Ainda assim, continuo a acreditar que usar uma língua implica pensar sobre ela (e não apenas ficar a contemplar a sua evolução) e agir em sua defesa. É claro que defender a língua materna sem pensar poderia levar a exageros como preconizar que se substituísse Oxford por Oxónia, como já chegou a ser proposto. É igualmente claro que o português já está carregado de antigos empréstimos que acabaram por ser adquiridos, o que também faz parte da natureza das línguas. Por isso, e usando de um conservadorismo metódico, não combato palavras como “futebol”, mas irrita-me que as pessoas esperem feedbacks das propostas que fizeram. [Read more…]
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